Domingo (11), data que marca o 1º ano do desastre nuclear de Fukushima, São Paulo e Rio entram na corrente mundial contra essa energia
Dia 11 de março, no próximo domingo, marca o 1º ano do desastre nuclear de Fukushima, no Japão. Para lembrar a data e os riscos desta energia, que após o acidente obrigou vários países, como a Alemanha, a uma revisão global dos padrões de segurança das usinas nucleares (e até a desistência de operá-las), haverá uma Corrente Humana Contra a Energia Nuclear. Participam em mais de cem cidades do mundo.
Embora o Brasil esteja na contramão deste processo e continue a dar continuidade à construção do terceiro reator do complexo de Angra do Reis (RJ) e que prevê a construção de mais plantas nucleares por todo o País, duas cidades – São Paulo e Rio de Janeiro – participam da corrente, que além do Greenpeace reúne outras organizações e ativistas antinucleares.
O evento, em São Paulo, terá concentração no vão livre do MASP a partir das 9h30. E, no Rio de Janeiro, ele será no Posto 9 de Ipanema, no mesmo horário.
Lições de Fukushima
Um relatório produzido pelo Greenpeace mostra que milhares de pessoas em todo o mundo ainda correm o risco de enfrentar acidentes nucleares. Intitulado “Lições de Fukushima”, o documento aponta que o acidente não foi causado por um desastre natural, mas por uma série de falhas do governo japonês, de órgãos reguladores e da indústria nuclear.
“Embora causado pelo tsunami de 11 de março, o desastre de Fukushima foi, em última instância, culpa das autoridades japonesas, que optaram por ignorar os riscos e fazer dos negócios uma prioridade mais alta que a segurança”, disse Jan Vande Putte, da campanha de energia nuclear do Greenpeace Internacional.
“Este relatório demonstra que a energia nuclear é insegura e que os governos são rápidos em aprovar reatores, mas continuam mal preparados para lidar com problemas e proteger as pessoas de desastres nucleares. Esta situação não mudou desde o desastre de Fukushima e é por isso que milhares de pessoas continuam expostas a riscos nucleares.”
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