O presidente da Ong SOS Vida Animal, Milton Pavan, estima que mais de 10 mil gatos e cães estejam abandonados nas ruas de Londrina. Somente em 2010, mais de 600 animais foram recolhidos pela entidade. Segundo ele, a situação levanta um problema de saúde pública no município, que ainda não conta com um programa de castração oferecido pela prefeitura.
Pavan disse nesta quarta-feira (11) que a entidade realizou um estudo, em parceria com alunos das Universidades Estadual de Londrina (UEL) e Federal do Paraná, para tentar identificar o perfil das pessoas que querem adotar os animais.
De acordo com ele, as pessoas ainda desconhecem as reais necessidades dos bichos, apesar de terem a consciência que amor e cuidados são essenciais para a sobrevida dos animais. A entidade conta com a donativos e após tratar os cães e gatos, passa a doar animais para os interessados.
O principal problema para o abandono é, segundo Pavan, a falta de um programa municipal para a castração dos bichos. "Era preciso que a prefeitura iniciasse um projeto de castração em bairros mensalmente, tinha que ser um trabalho constante. Seria um primeiro passo para diminuir essa situação gritante", avaliou.
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O presidente da entidade ainda disparou críticas quanto ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que deve ter obra concluída neste início de ano na Fazenda Refúgio, no Parque Municipal João Milanez. "A gente encontra muita conversa e pouca ação. O CCZ não poderia ser instalado naquele local por ser uma área de preservação ambiental. Não tem saneamento e todas as fezes e resíduos seriam despejados diretamente no solo. Se fosse permitido, aquela estrutura deveria ser usada exclusivamente para castração", avaliou.
Outro projeto apontado para uma solução do caso é a criação do Cãomunitário. A iniciativa tem como objetivo disponibilizar locais para animais "semi-domiciliados". "Já existe em outras cidades e vem dando certo. O animal recebe cuidados, mas não tem um dono ou residência fixa", disse.
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