O comando distrital de Bragança da GNR recusou participar na captura de cães na zona do Cachão por entender que a proposta feita pela Câmara Municipal de Mirandela aos militares constituía «crime».
O comandante Sá Lopes, da GNR de Bragança, disse à TSF que foi recusada a participação da polícia por a acção em causa constituir um «crime».
«Foi sugerido por técnicos da Câmara de Mirandela que os cães vadios e errantes deviam ser abatidos a tiro», mas a GNR rejeita «liminarmente essa possibilidade», porque «a lei que regula a utilização de armas de fogo por agentes policiais não o permite» e porque «há uma portaria que atribui essa responsabilidade à Câmara Municipal», disse.
O comandante acrescentou que a GNR mostrou-se disponível para «colaborar no que for necessário, nomeadamente utilizar meios mecanismos, como redes, para apanhar os animais», mas a autarquia rejeitou esta proposta e a captura foi anulada.
A GNR recomendou ainda que nos casos mais difíceis a captura fosse feita com dardos com sedativos para imobilizar o animais.
O vice-presidente e vereador do ambiente na autarquia de Mirandela, António Branco, confirmou esta sexta-feira à Lusa que a operação marcada para segunda-feira foi cancelada e que a GNR não se disponibilizou para participar.
António Branco demarcou-se da alegada proposta feita à GNR, alegando que «foi uma opinião pessoal de alguém», e frisou que a Câmara de Mirandela não tem qualquer responsabilidade nesta operação.
Segundo disse, o município foi a única entidade que se disponibilizou para congregar parcerias para resolver este problema, entre as que foram solicitadas pela DGV que determinou, em Novembro, a «captura e/ou eliminação» dos cães, divulgada na zona através de editais, em que é pedida a colaboração de todas as entidades, nomeadamente Câmara de Mirandela, Protecção Civil, GNR, ICNB, PSP e corporações de bombeiros».
Assim, a autarquia «não promoverá qualquer tipo de iniciativa, aguardando quaisquer outros desenvolvimentos que as diversas entidades e autoridades possam vir a promover».
A operação foi determinada pela DGV depois de dois anos de ofícios da Câmara de Mirandela para se encontrar uma solução para o problema da matilha de 200 cães selvagens em volta do aterro sanitário da Terra Quente, na zona do Cachão.
.tsf.pt/
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