O caso do gato Príncipe, que foi sacrificado em Araraquara na segunda-feira (9) após ser baleado por um aposentado, fez ganhar força na cidade o movimento de combate aos maus-tratos contra animais. No próximo dia 22 de janeiro, cerca de 500 pessoas devem fazer uma manifestação no Parque Infantil – região central do município – para chamar a atenção da população para o problema.
O protesto acompanhará uma manifestação nacional, motivada pelo caso do cão da raça yorkshire que foi espancado e morto por uma enfermeira de Formosa (GO) no final do ano passado.
Dados da Divisão de Saúde Animal da Prefeitura de Araraquara registram 324 denúncias de maus-tratos contra animais na cidade durante todo o ano de 2011.
O município não tinha, até o ano passado, um acompanhamento das estatísticas de agressões contra os bichos. Porém, segundo Betty Peixoto, fundadora do grupo SOS Melhor Amigo, de Araraquara, os números do primeiro levantamento – em 2011 – são representativos. “As pessoas estão começando a ter consciência de que há prática de crime nesses casos e que não apenas as pessoas são importantes, os animais também”, afirmou.
Protesto
Com o nome de “Crueldade Nunca Mais”, o manifesto na cidade começará às 10h, segundo os organizadores. “Neste dia vamos vestir preto contra essa crueldade e chamar a atenção para o problema”, afirma Carla Vieira, presidente da Associação Araraquarense de Proteção aos Animais (AAPA).
Além da entidade, organizam a manifestação a ONG dos Defensores dos Direitos dos Animais (Dedia), a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, e integrantes da Conselho de Defesa dos Direitos dos Animais (Condedia).
Gato Príncipe
No domingo (8), um aposentado de 71 anos atirou com uma espingarda no gato chamado Príncipe, que pertencia a um vizinho. Sem dinheiro para pagar a cirurgia, que custaria R$ 1,5 mil, os donos do gato resolveram sacrificar o animal.
O aposentado responsável pelos disparos foi multado em R$ 1,5 mil e autuado em flagrante por porte ilegal de arma, sendo liberado após pagar fiança de R$ 650.
eptv.
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