No final da primeira guerra mundial, Winston Churchill envolveu-se pessoalmente no regresso de milhares de cavalos utilizados durante o conflito e que estavam espalhados por toda a Europa.
Documentos históricos recentemente descobertos pelo jornal britânico The Mail on Sunday revelam milhares desses cavalos que serviram o exército inglês deveram a sua vida à compaixão do então secretário de Estado da Guerra.
As chefias militares britânicas dependeram bastante da cavalaria para transportar homens, artilharia e alimentos, tendo gasto mais de 36 milhões de libras (43,1 milhões de euros) durante o conflito para comprar 1,1 milhões de cavalos no Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.
Documentos do Ministério da Guerra, encontrados no Arquivo Nacional em Kew, revelam que dezenas de milhares de animais estavam em risco de contrair doenças ou de morrerem à fome ou às mãos de açougueiros franceses e belgas, porque as entidades oficiais não conseguiam levá-los de volta para a Grã-Bretanha.
Churchill, na altura com 44 anos, reagiu com fúria quando teve conhecimento do tipo de tratamento que estava a ser dado aos cavalos e encarregou-se pessoalmente do assunto depois do fim das hostilidades.
Enviou um ofício para a sua própria secretaria de Estado da Guerra e para o Ministério dos Transportes. Foram enviados mais vasos de guerra e em apenas uma semana foram repatriados 21 mil cavalos.
Terry Charman, historiador do Imperial War Museum, explicou ao mesmo jornal que Winston Churchill era um amante de animais e que as suas diligências se deveram exclusivamente às suas preocupações com o bem-estar animal.
FONTE: jn.pt
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