Por Vinicius Siqueira (da Redação)
O urso-malaio é uma das menores espécies de urso no mundo e também uma das últimas a ser descoberta, são muito difíceis de serem encontradas na natureza, mesmo tendo uma aparência indescritível. Como resultado, o número exato de sua população ainda permanece desconhecido.
Por enquanto, o que não é segredo para ninguém é que estes animais, como muitos outros no mundo, estão sob forte ameaça devido à atividade humana.
O desflorestamento, caça e a demanda para a medicina tradional asiática (que utiliza a bílis dos ursos, além de outras comidas “exóticas” como a sopa de pata de urso, que já tem vitimado diversos destes animais), fez dos ursos-malaios animais em perigo e classificados como “vulneráveis” pela lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
Segundo a IUCN, somente em 30 anos, a população de ursos-malaios caiu para 30% no sudeste asiático, onde eles têm unicamente a floresta do Borneo como habitat natural.
Há organizações trabalhando na ajuda a esses pequenos ursos, como a Animals Asia, Free the Bears Fund, e a Bornean Sun Bear Conservation Centre (BSBCC).
A campanha Survival of the Sun Bears foi lançada em dezembro de 2013 pela BSBCC e alertava sobre a importância destes animais no ecosistema da Floresta do Borneo, assim como denunciava a ameaça que estes animais enfrentam, que pode levá-los à extinção.
O centro de conservação da BSBCC na Malasia já conta com 28 ursos resgatados.
NO último mês, um dos residentes do centro de resgate da instituição, o urso de cinco anos chamado Kudat, foi libertado e deu seus primeiros passos na floresta.
Kudat chegou à BSBCC em julho de 2010 após ele e um urso fêmea chamada Panda terem sido confinadas em um pequeno zoológico particular, na Malasia.
Segundo o CEO da BSBCC e seu fundador, Wong Siew Te, os dois ursos foram aprisionados em pequenas celas de concreto e explorados sendo expostos ao público durante o dia para o entretenimento. Ambos eram mal alimentados e Kudat tinha sinais de agressão em sua pele.
Após serem resgatados, Panda e Kudat foram transportados para o centro de resgate da BSBCC e lá passaram o tempo com os outros ursos resgatados explorando todo o local oferecido, além de brincarem com todos os instrumentos escolhidos de forma a ajudar os ursos a adquirirem o necessário para sobreviver na floresta.
Após dois anos, Kudat deu seus primeiros passos para fora da casa onde era alojado. Ele estava hesitante no início, mas depois de um pouco de treinamento para aguçar seus instintos e sentindo o ar fresco entrando pelas janelas da casa, Kudat não resistiu e explorou o lado de fora do centro de resgate. Segundo a BSBCC, o urso estava muito curioso para explorar o novo lugar.
Depois de pouco tempo ele já conseguiu se adaptar e pôde viver em paz na floresta, que é o seu lugar.
- fonte: anda.jor
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