Na manhã da última quarta-feira (08), o vigilante Paulo Frederico Teixeira informou que vários peixes haviam sido encontrados mortos no Rio Arcos. A equipe deslocou-se até o local e ao andar por parte das margens do rio, constatou a informação.
Segundo Paulo Frederico, a maioria é da espécie Grumatã, e em alguns locais também é possível avistar Traíras. Havia informações de que as comportas da represa situada no Parque Aquático Municipal estariam fechadas e por isso os peixes estariam morrendo, mas ficou constatado que as comportas estavam abertas.
Em conversa com um funcionário, ele informou que na manhã de quinta-feira foi dada a ordem para abrir as comportas, a pedido da Polícia Militar de Meio Ambiente.
Possíveis causas da mortandade
Segundo a bióloga e analista ambiental do Núcleo Regional de Regularização Ambiental da Arcos, Rafaela Guimarães Silva, não é possível prever a causa da morte dos peixes sem antes realizar um estudo do caso. “É muito difícil afirmar com certeza o que seria a causa da mortalidade de peixes em um córrego ou rio, sem antes fazer uma análise, um estudo, um levantamento com amostras, que seriam os peixes mortos, amostra da água, análise das cabeceiras das nascentes e até um pouco abaixo do rio para verificar se o comportamento dos mesmos peixes está diferente daqueles que foram encontrados mortos”, detalha.
Rafaela Silva pontua algumas das causas gerais de morte de peixes. “Muitas são as causas, a exemplo de produtos químicos jogados em cursos d’água, assim como esgoto que não é tratado, diminuição do fluxo de água”. Ela aponta que uma possível causa para a morte dos peixes no rio Arcos pode ser o represamento da água no Parque Aquático. “Uma das possíveis causas da mortalidade de peixes poderia ser o represamento das águas que vêm da nascente que alimenta o rio de Arcos. Consequentemente o fluxo de água diminui, com isso acontece a falta de oxigenação. Então, já que não há oxigênio suficiente para uma população de peixes que está em reprodução, apesar de verificar que houve maior morte de adultos, pelas fotos apresentadas, a gente verifica que a diminuição da vazão de água do córrego poderia ser uma possível causa, desde que fosse verificado que esses peixes sempre estiveram ali. [...] Possivelmente, esse represamento e a não abertura das comportas da represa poderia estar interferindo na população de peixes”, ressalta.
Mas Rafaela também destaca que pode ter havido erro migratório da espécie, caso ela seja nativa do córrego. “[...] Se houve algum erro na migração ou se eles se perderam, poderíamos falar que o desvio da rota migratória deles poderia causar também a mortalidade, mas sem um estudo não é possível afirmar”, explica.
Fonte: CCO.
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