quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Com o Natal, aumentam os casos de tráfico de filhotes na Itália


Eles são capazes de agradar a todos: os amantes dos pequenos cães, como chihuahua, shi-tsu, yorkshire, mas também os apaixonados por cachorros de portes mais imponentes, como akita, dobermann, pastor e bulldog. Mas se não tivessem cruzado o caminho dos homens do núcleo investigativo da Polícia Florestal, perto do pedágio de Ugovizza, cidade italiana próxima à fronteira do país com a Áustria, os dois motoristas eslovenos que tentavam importar para a Itália 46 filhotes de cachorro, das mais variadas raças, provavelmente teriam conseguido um bom dinheiro com a venda dos animais. As informações são do jornal Corriere della Sera.
Os incautos compradores, em compensação, teriam nas mãos cães com potenciais riscos de doenças, importados para a Itália em condições precárias (no caso dos eslovenos, os cachorrinhos estavam todos amontoados dentro de um furgão e desprovidos de água) e sem as devidas preocupações sanitárias: alguns dos filhotes ainda não estavam na época de desmamar, outros carregavam cicatrizes de intervenções cirúrgicas recentes, pontos de sutura no corte do rabo – uma prática proibida na Itália – e feridas não cicatrizadas.
São muitas as irregularidades encontradas. Alguns animais não tinham microchip e não possuíam documentação que comprovasse a proveniência ou que certificasse a execução adequada de um plano de saúde preventiva. Os filhotes foram levados em custódia pelos agentes policiais e transferidos a uma estrutura idônea até que sejam doados.
Os dois motoristas foram acusados de maus-tratos de animais, já que os cães foram arrancados das mães prematuramente e transportados e confinados em condições contrárias à natureza deles. Além disso, foram acusados ainda de fraude comercial, uso de documentos falsos e tráfico de animais.
Infelizmente, este não é um caso isolado. “O fenômeno da importação de animais está crescendo”, confirma a Polícia Florestal. “Cães arrancados das mães precocemente e enviados para a Itália no porta-malas de um carro ou no porão de um navio, dopados com antibióticos e excitantes para sempre terem um olhar alegre.”
Neste período de Natal foram intensificadas as investigações pelos diversos grupos envolvidos no combate do tráfico. A aproximação das festas e a ideia errada de que um cachorro pode ser um presente para ser encontrado debaixo da árvore tornam favoráveis as condições para a venda a curto prazo, que assegura ao traficante altos ganhos e poucas complicações.
Cães de raça no mercado paralelo custam centenas de euros, mas ainda assim custam bem menos que um cão oriundo de um criador certificado. “Antes de comprar ou doar um filhote é preciso ter o cuidado de lembrar do compromisso de tratá-lo por toda a vida. Mas também é importante que, uma vez tomada a decisão, você não alimente o tráfico ilegal. Os cães, de fato, são importados para a Itália por meio de viagens cansativas, que muitas vezes resultam em mortes devido às más condições sanitárias em que eles são forçados a prosseguir”, explica a Polícia Florestal.
Como fazer então? A primeira coisa é usar o bom senso. Animais são seres vivos e não podem estar envolvidos em acordos que ponham em risco sua pele. E se você quer mesmo melhorar o Natal com a alegria que um animal pode trazer, por que não fazer uma visita antes a um abrigo de animais?
fonte: anda

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