EUA
Por Marília Paixão (da Redação)
Quatro crianças presenciam com terror um oficial do controle de zoonoses atirar em cinco gatinhos após prometer que eles “iriam para o céu dos gatos”. As informações são do Daily Mail.
Um oficial do controle de zoonoses de Ohio espalhou a indignação entre os ativistas e protetores de animais após matar a tiros uma ninhada de gatos selvagens na frente de uma mãe e suas crianças.
O oficial Barry Accorty, um veterano do departamento de polícia de North Ridgeville, atendeu a um chamado de uma mulher informando que havia filhotes de gatos selvagens vivendo em meio a pedaços de lenha e causando problemas.
De acordo com a mãe das crianças, Accorti disse a ela que os abrigos estavam lotados e que os filhotes “iriam para o céu dos gatos”.
Então, Accorti foi até a caminhonete, pegou sua arma e abriu fogo contra os gatinhos, que tinham entre oito a dez semanas de idade. A mãe dos filhotes conseguiu fugir ilesa, informou a mídia local.
O oficial reconheceu que ele não deve atirar em animais, mas afirmou que suas ações são justificadas como uma forma de eutanásia.
A mulher correu para dentro de casa, horrorizada, e encontrou seus filhos, com idades entre cinco meses e sete anos, gritando e chorando após terem ouvido os disparos.
Em uma declaração apresentada no mesmo dia, o chefe de polícia de North Ridgeville explicou que a mulher havia contatado a polícia pelo Facebook, pedindo ajuda com os gatos selvagens, que há anos vinham causando infestações de pulgas, mortes de outros animais selvagens e odor desagradável.
Quando Accorti chegou ao local, ele especificamente informou à mulher que, devido ao fato dos gatos colocarem a segurança e a saúde dos moradores em risco, eles seriam eutanasiados caso ela aceitasse a ajuda da Humane Society.
De acordo com a declaração da polícia, a mulher aceitou e, então o monte de lenha que abrigava os animais foi destruído por Accorti e os felinos foram “eutanasiados”.
O chefe de polícia Mike Freeman disse à imprensa que a mãe das crianças afirmou depois que ela estava ciente de que os gatos selvagens seriam eutanasiados, mas não esperava que isso fosse acontecer a poucos metros de seu quintal e nem que seus filhos pequenos fossem ouvir os tiros.
“Meu filho de seis anos desceu as escadas correndo e chorando ‘Mamãe, mamãe, ele atirou no gatinho’”, a mãe relembra com lágrimas nos olhos.
Por fim, Freeman defendeu Accorti, dizendo que suas ações foram apropriadas e justificáveis. Na declaração também é mencionado que o departamento de polícia conversará com os oficiais de controle de zoonoses sobre como melhorar a comunicação com o público.
“Nós estamos aqui para ajudar aqueles que buscam nossos serviços. Temos orgulho de não sermos daqueles que dizem as pessoas que algo não é problema nosso ou que não podemos fazer nada para ajudá-las”, Freeman menciona em sua declaração. “Essas seriam saídas muito fáceis, mas sair andando e deixar um assunto de segurança pública sem solução seria irresponsável de nossa parte.”
Accorti não é filiado à Human Society de Ohio, como havia sido afirmado anteriormente. A organização tem se mantido contrária às ações do oficial, mencionando que ele deveria ser demitido e acusado de maus-tratos contra animais.
O incidente e a resposta do chefe de polícia causou calorosa reação entre protetores dos animais, alguns dos quais chegaram a ponto de postar ameaças e comentários ofensivos na página do Facebook do departamento de polícia local, a qual teve que ser fechada.
A Ohio Society for the Prevention of Cruelty to Animals (Ohio SPCA), uma organização de proteção animal, mostrou-se enfurecida com as atitudes de Accorti, assim como com a decisão de Freeman de proteger o oficial. A diretora da organização, Teresa Landon, disse que a SPCA quer que o prefeito demita Accorti e que ele seja acusado de maus-tratos contra animais. Entretando, Accorti estava de volta ao trabalho dois dias depois.
“É de partir o coração”, disse Landon à imprensa. “Não há desculpa para o que ele fez. É completamente vergonhoso que alguém com um título como o dele faça uma coisa dessas.”
A diretora da SPCA explicou que, caso Accorti estivesse em perigo iminente de ser atacado por um animal, suas ações seriam justificáveis; mas nesse caso, os gatinhos indefesos estavam sentados e tranquilos dentro do monte de lenha.
“Eles não tinham que morrer. Tinham apenas dez semanas de idade, no máximo, e ainda poderiam ter sido socializados”, afirmou Landon.
Enquanto isso, um canal de TV informou que o grupo de proteção aos direitos dos animais Pooch Patrol organizou uma passeata em North Ridgeville para protestar contra a matança dos animais.
O incidente ocorreu apenas dois meses após Accorti ter sido elogiado pela mídia local por ter resgatado um filhote de coruja que havia caído de seu ninho.
- fonte: anda.jor
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