quinta-feira, 17 de maio de 2012

Neafa classifica como absurdo caso de morte de cães por envenenamento


A coordenadora do Núcleo de Educação Ambiental Francisco de Assis (Neafa), Cristiane Leite disse que vai buscar mais informações sobre o caso de cães que morreram envenenados por “chumbinho”, colocado na praça Ritz, na Ponta Verde, adotada por um hotel que fica em frente ao local. Ela lembrou que o uso da substância, indicada para matar ratos, é proibido.
“Somos uma ONG que protege os animais. A comercialização do chumbinho ainda ocorre de forma clandestina e menos de 1% dos animais que ingerem tem chance de sobreviver, é raro, só se o tutor detectar na hora e procurar um veterinário. Essas coisas são rápidas, cães são iguais a crianças”, afirmou.
Cristiane classificou o episódio como absurdo, o que para ela caracteriza crime de maus-tratos. “Existem outros venenos, que atuam de forma mais lenta. A praça é uma área pública, Isso pode ter sido iniciativa de alguma pessoa, pois é preciso colocar iscas para o animal ingerir o veneno”, explicou.
Em relação ao projeto de lei estadual 219/2011, de autoria do deputado estadual Ronaldo Medeiros, que endurece a punição para quem praticar maus-tratos contra animais, ela informou que a proposta foi vetada na última segunda-feira (14) pelo governo do Estado. Cristiane lembrou que para o veto foi alegado vício formal.
“O projeto foi aprovado por unanimidade em duas votações na Assembleia Legislativa. Agora vamos lutar para derrubar o veto, embora já exista a lei federal 9605/98 acerca dos maus-tratos contra animais. Um dos pontos do projeto de lei é o controle populacional de cães e gatos no Estado, como acontece em Pernambuco e Goiás. O governo vetou afirmando que a proposta era de competência do Executivo e não Legislativo“, lamentou.

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