Professor da Unopar pesquisa a relação entre bichos e seus donos
A situação de animais abandonados é um desafio na maioria das cidades brasileiras. Em Arapongas, o professor Fábio Coltro, da Universidade do Norte do Paraná (Unopar), coordena uma pesquisa na cidade com o intuito de entender a relação entre os bichos e seus donos. Com essas informações, o pesquisador espera desenvolver um projeto que ajude a acabar com o abandono de animais no município.
Os primeiros dados mostram que quase 80% das casas têm animais e que as famílias gastam de 10 a 15% de seu orçamento doméstico com bichos de estimação. “O interessante é que muitas pessoas dizem que não gastam nada com os animais, mas acabam gastando sem se dar conta. Os donos dão banho nos animais em casa, destinam parte da própria comida a eles, tudo isso é custo”, avalia o professor.
Talvez por isso os animais de menor porte são os preferidos. E engana-se quem acha que os animais são destinados à companhia de idosos. Apenas 21% dos proprietários de bichos de estimação eram da terceira idade.
Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria dos animais não são comprados, mas sim provenientes de adoções, e não possuem raça definida. Coltro vê essa tendência com bons olhos.
“É preciso uma legislação e fiscalização fortes contra o abandono de animais. Necessitamos a ação de políticas públicas que incentivem a doação. Animais abandonados podem transmitir doenças e provocar acidentes de trânsito, por exemplo”, diz ele.
O professor ainda destaca que, em áreas de maior poder aquisitivo, os donos procuram comprar seus animais de estimação, escolhendo raças “da moda”. No entanto, ele faz uma ressalva importante. “Animais doados tem que ter um termo de responsabilidade, vacinação em dia, toda uma legislação, que as pet shops não precisam seguir. No fim das contas, é melhor adotar do que comprar”.
Estrutura do canil não comporta mais animais
Apesar da melhorias, a direção do canil passa por sérios problemas. Um deles é de ordem estrutural. “Não conseguimos mais atender à demanda da cidade. São muitos cachorros nas ruas da cidade, e não temos onde colocá-los”, diz ela.
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