quinta-feira, 17 de maio de 2012

(Foto: Divulgação) Um homem foi flagrado abusando de uma cachorra no bairro Chácaras Cruzeiro do Sul, região do Campo Grande, em Campinas. A ação criminosa foi gravada pelo vizinho do suspeito, ele pediu apoio à UPA e foi convencido pela entidade a denunciar o caso para a polícia. A testemunha disse que o suspeito há tempos tem por hábito assediar os cães que vivem na rua do bairro. Em imagens gravadas pelo vizinho, é possível ver o homem violentando a cadela. O animal foi encontrado por uma equipe de resgate e encaminhado para uma clínica veterinária, onde precisou ser sedado para os procedimentos. Ele apresentava uma lesão no dorso bastante infeccionada e com larvas. Nos exames clínicos, as veterinárias puderam observar que a cadela sofreu penetração recente. Apesar do sofrimento, ela se recupera bem e em breve poderá integrar o programa de adoção da UPA. O caso foi registrado na Delegacia de Proteção e Defesa dos Animais de Campinas como crueldade contra animais e está sendo investigado.


Professor da Unopar pesquisa a relação entre bichos e seus donos

A situação de animais abandonados é um desafio na maioria das cidades brasileiras. Em Arapongas, o professor Fábio Coltro, da Universidade do Norte do Paraná (Unopar), coordena uma pesquisa na cidade com o intuito de entender a relação entre os bichos e seus donos. Com essas informações, o pesquisador espera desenvolver um projeto que ajude a acabar com o abandono de animais no município.
 
Cerca de 20 alunos do curso de Administraçãoparticipam da pesquisa. Foram aproximadamente mil questionários respondidos por moradores da cidade durante o último semestre, que renderam um levantamento preliminar. A pesquisa será finalizada ainda este ano. 
 
Os primeiros dados mostram que quase 80% das casas têm animais e que as famílias gastam de 10 a 15% de seu orçamento doméstico com bichos de estimação. “O interessante é que muitas pessoas dizem que não gastam nada com os animais, mas acabam gastando sem se dar conta. Os donos dão banho nos animais em casa, destinam parte da própria comida a eles, tudo isso é custo”, avalia o professor.
 
O levantamento também mostra como os animais estão fazendo parte das famílias. “Para se ter uma ideia, 40% dos donos possuem cães por causa da diversão e afetividade; 29% para terapia; 22% para companhia; e apenas 9% para segurança. Esses dados demonstram como os animais de estimação são encarados como mais um membro da família”, destaca.
 
Talvez por isso os animais de menor porte são os preferidos. E engana-se quem acha que os animais são destinados à companhia de idosos. Apenas 21% dos proprietários de bichos de estimação eram da terceira idade.
 
Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria dos animais não são comprados, mas sim provenientes de adoções, e não possuem raça definida. Coltro vê essa tendência com bons olhos.
 
“É preciso uma legislação e fiscalização fortes contra o abandono de animais. Necessitamos a ação de políticas públicas que incentivem a doação. Animais abandonados podem transmitir doenças e provocar acidentes de trânsito, por exemplo”, diz ele.
 
O professor ainda destaca que, em áreas de maior poder aquisitivo, os donos procuram comprar seus animais de estimação, escolhendo raças “da moda”. No entanto, ele faz uma ressalva importante. “Animais doados tem que ter um termo de responsabilidade, vacinação em dia, toda uma legislação, que as pet shops não precisam seguir. No fim das contas, é melhor adotar do que comprar”.
 

Estrutura do canil não comporta mais animais
 
Quando assumiu o comando do canil municipal, há dois anos, a Organização de Proteção Animal de Arapongas (OPAA) começou a fazer ajustes no local. “Antes não havia casinhas, cobertor, várias coisas. O local estava abandonado”, diz Meire Farias, presidente da ong.
 
Apesar da melhorias, a direção do canil passa por sérios problemas. Um deles é de ordem estrutural. “Não conseguimos mais atender à demanda da cidade. São muitos cachorros nas ruas da cidade, e não temos onde colocá-los”, diz ela.
 
Com apenas 10 voluntários e dois funcionários, a organização vive de doações para poder cuidar dos 45 cães adultos. “Para ração, só conseguimos ajuda nos últimos três meses. Trabalhadores de uma indústria de ração da cidade se juntam e nos ajudam. Da prefeitura não recebemos quase nada, apenas migalhas”, afirma. Cães menores precisam ficar em lares provisórios. Se os bombeiros capturam um animal raivoso, não existe local no canil para colocá-lo. “Nossa prioridade tem sido a castração. Com ajuda de clínicas da cidade, só há o pagamento da medicação”, conta Meire.
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