Na sexta-feira 4, o Ibama apreendeu 7,7 toneladas de barbatanas de tubarão armazenadas em uma empresa de exportação de pescado em Belém, no Pará. A firma, que estava pronta para mandar o material para a China, foi embargada e multada em R$ 2,7 milhões por não comprovar a legalidade do produto.
O caso é emblemático de um massacre que vem dizimando os tubarões em todo o planeta. Nas últimas duas décadas, vêm crescendo muito a demanda e o preço da barbatana do animal (o quilo chega a custar US$ 700). O produto é usado para fazer uma sopa que é considerada uma iguaria na Ásia, e também está presente em restaurantes de países que contam com uma população oriental significativa, como EUA e Canadá. A barbatana é geralmente obtida por meio de uma prática cruel chamada “finning” (leia quadro), que consiste em capturar o tubarão, cortar suas nadadeiras e jogar o corpo mutilado no mar, submetendo o animal a uma morte agonizante.
Essa prática tem levado algumas espécies ao risco de extinção, já que muitos animais precisam ser mutilados para que se obtenha uma quantidade razoável de barbatanas. Segundo o Ibama, desde 2009 já foram apreendidas 15,7 toneladas do material somente no Estado do Pará. De acordo com as estimativas do órgão, cerca de sete mil tubarões foram mortos para que essa quantidade de barbatanas fosse alcançada.
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