segunda-feira, 9 de abril de 2012

Polícia e universidade investigam morte de pitbull em campus no RS



Artêmis, pitbull de dois anos, foi morta por vigia em Porto Alegre (Foto: Simões dos Santos/Arquivo Pessoal)
Estudantes e protetores de animais protestaram nesta segunda-feira (9) contra a morte de Artêmis, uma cadela de dois anos da raça pitbull, morta na noite de sexta-feira (6) no pátio do Hospital Veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. O animal foi baleado no rosto por um vigilante terceirizado e temporário. À polícia, o autor do disparo disse que a pitbull teria "avançado" em sua direção. O dentista Bruno Antonio Stelzer, de 25 anos, namorado da dona de Artêmis e testemunha da cena, dá outra versão. "Ela foi executada", disse ao G1.
Ela foi executada"
Bruno Stelzer, namorado da dona de Artêmis
A empresa de vigilância responsável pelo hospital informou que não se manifestará sobre o assunto. O vigia também não concederá entrevista. Como reação à polêmica, a UFRGS deve proibir a circulação de animais soltos no pátio da faculdade, prática que era comum entre os alunos. A universidade também pedirá que os vigias que trabalham no hospital façam um curso para lidar com os animais. A UFRGS ainda pediu imagens de uma câmera de segurança à perícia. A direção informou que o vigilante registrou em um livro de ocorrências uma tentativa de ataque do animal.
Stelzer confirma que o animal foi em direção ao vigilante, porém, sem dar sinal de ataque. "Outra cadelinha, da amiga da minha namorada, latiu para ele (vigia ) porque ele caminhava pelo corredor. Nossa cadela também latiu, uma vez só, e foi em direção a ele. Ela o cheirava com a cabeça baixa, submissa. Gritei após ver que ele apontava a arma para ela. Ela cheirava o cano da arma. O animal é curioso. Ela não ia fazer nada", lamentou.
A cadela pertence à estudante de veterinária Mariana Simões dos Santos, de 28 anos, namorada de Bruno. Ela garante que o animal era dócil e nunca havia atacado alguém. O animal, segundo ela, não tinha o movimento de uma das patas, como consequência de um atropelamento. “Ela não tinha condições de pular. Não era o caso (de atacar), pois ela não era agressiva, mas além disso, ela nem conseguiria”, declarou ao G1.
O caso foi registrado na 15ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, e será investigado. Mariana diz que estuda entrar com uma ação judicial contra a empresa responsável pelo vigilante.

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