Até filhotes estão sendo eutanasiados no Centro de Controle de Zoonoses de Maceió
Presidente da Comissão de Bem Estar Animal da OAB/AL já encaminhou relatório ao MPE sobre situação 'desumana' do CCZ de Maceió
Depois de inúmeras denúncias recebidas, a comissão de bem estar animal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Alagoas encaminhou um relatório ao MinistérioPúblico Estadual (MPE/AL) e aguarda providências do órgão quanto à situação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Maceió.
“O que acontece por lá é monstruoso. O que fazem [o CCZ] semanalmente é desumano”, disse Dra. Adriana Alves, presidente da comissão do Bem Estar Animal da OAB/AL. “Temos um caso concreto e diariamente recebemos muitas denúncias sobre as atrocidades que acontecem por lá. Mas a OAB não tem competência de Polícia, só podemos encaminhar a situação e o MPE deve tomar as providências”, explicou.
Ascom OAB/AL
Dra. Adriana Alves já encaminhou rela...
A direção do CCZ de Maceió não nega as eutanásias que realiza nos animais que lá chegam, mas justificam como sendo uma medida necessária, já que o local se encontra superlotados de animais de rua.
Sobre essa justificativa, a advogada foi enfática e afirmou que é falsa. Segundo ela, os canis estão vazios e, mesmo que isso acontecesse, não se pode permitir a eutanásia de animais saudáveis. Para a advogada, o procedimento só deve ser utilizada em último caso, quando o animal pode trazer risco a saúde da população e deve ser justificado através de laudo circunstancial do técnico que o vai realizar.
“Recebemos denúncias que até filhotes, que são tão facilmente adotados, estão sendo eutanasiados por lá”, disse. “Eles estão colocando a carrocinha na rua, mas é só isso que estão fazendo: recolhendo para matar. Nós queremos que eles façam uma política de educação ambiental, um trabalho de esterilização, campanhas para adoção. Não matar simplesmente”, enfatizou dra. Adriana Alves.
Arquivo Pessoal
Luceli Mergulhão, do GVAM, na passeat...
Para a protetora de animais, Luceli Mergulhão, voluntária do Grupo Vida Animal de Maceió (GVAM), a culpa não é tão somente do CCZ, mas também da população e dos governantes que não obedecendo e criam medidas públicas em defesa dos animais indefesos.
“Não defendendo o CCZ, mas não é só culpa deles. Asociedade tem sua parcela de culpa aí também, pois se a sociedade fosse mais consciente de seus direitos e deveres saberiam cobrar dos governantes uma política mais justa para os animais e o CCZ não estaria fazendo matança que faz hoje”, desabafou Luceli.
Segundo a presidente da Comissão de Bem Estar Animal da OAB/AL, o relatório sobre a situação no CCZ de Maceió já foi encaminhado ao MPE, que tem uma comissão só para casos ambientais, e amanhã já deve estar nas mãos da procuradora Dalva Tenório.
primeiraedicao.
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