segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Uma atenta zeladora de animais abandonados


18/01/2012
Uma atenta zeladora de animais abandonados
Foto: Studio Milton Dória
Silvana cuida e encaminha para adoção cães e gatos que encontra abandonados nas ruas
Desde setembro de 2010, Silvana Saris abre uma brecha na agenda apertada para cuidar de um ser muito especial, a Babi. A cadelinha vira-lata caiu nas graças da servidora estadual e todo o santo dia recebe afeto, comida e tempo para caminhadas mesmo tendo apenas três patas. 

Babi foi atropelada e abandonada. Parar salvar a pata do bichinho de estimação, Silvana tentou a acupuntura, mas a amputação foi recomendada por um ortopedista veterinário, pois a cadela estava carregando “um peso morto”.

A dedicação de Silvana Saris aos animais abandonados de Londrina começou em 2000, quando encontrou um cachorro com fratura exposta e o levou ao Hospital Veterinário da UEL. Outros bichinhos largados à sorte tiveram o mesmo caminho. “Eu os carregava no colo. Quando era muito grande ou pesado eu pedia ajuda”, conta.

Ela parou de contar quantos animais já ajudou. Parou na “16ª “vítima”, embora tenha assistido também outros bichos com amigos. Dedicação exclusiva e com recursos próprios. O empenho era tanto que a cachorrada fazia a festa quando a via. “O que faço é tomar a responsabilidade que seria do antigo `dono´”, argumenta. Ela cuida também de um gato, o Max, que teve uma costela quebrada durante a fuga de cães.

Silvana Sáris já encontrou animais em estados deploráveis, entre eles um cachorro com fortes ferimentos no pescoço causado por uma “coleira” feita com arame farpado. Sobreviveu. Outro morreu porque estava com Erliquiose (transmitida por carrapatos e que pode levar à morte). Nem a transfusão de sangue adiantou. Morreu. 

Ela chegou a integrar a ONG SOS Vida Animal por pouco tempo. Decidiu, no entanto, fazer sua parte sozinha por um motivo bastante justificável. “O pessoal precisava de tempo e dinheiro e eu não tinha muito tempo e já gastava muito dinheiro com os meus animais recolhidos”, informa.

Segundo a servidora, estima-se que Londrina tenha cerca de 30 mil animais abandonados. Na rua mesmo. Para dar conta da “demanda” que lhe vem às mãos, ela conta com a solidariedade de três veterinários, mas acaba pagando despesas com medicamentos, hospedagem, curativos, comida. 

Um sonho de Silvana Sáris é manter um hotelzinho em que os animais não ficassem presos em jaulas. “Não precisava dar lucro, apenas o suficiente para poder tratar daqueles que não têm donos. Carinho e tratamento eu sei fazer muito bem”, diz.

Palestras de conscientização em escolas seriam muito válidas também. A criançada certamente se interessaria, acredita. “As pessoas precisam saber que um animal representa custos. Se não tiver tempo, dinheiro ou se for para deixar o animal preso é melhor não ter”, salienta.

Ao seu jeito, Silvana promove essa conscientização. Na teoria e na prática. E sempre recebe elogios. “Tem gente que fala que eu vou para o céu. Eu costumo dizer que trocaria meu lugarzinho no céu por um lugar digno para os animais abandonados aqui na terra”, diz com bom humor. 


Texto: Máxima Comunicação/Antônio Mariano Júnior
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fonte:planetasercomtel

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