quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

EUA - ONG vai às escolas para ensinar a bondade com os animais

Por Sharon Seltzer (Care 2)
Tradução por Patrícia Tai (da Redação)

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Foto: Care 2

Quando Kris Foote escreveu em seu pedido de trabalho voluntário que adorava animais e crianças, ela imediatamente despertou o interesse do presidente da ONG Heaven Can Wait Animal Society (“Associação de Proteção Animal O Céu Pode Esperar”), em Las Vegas (EUA). Um mês depois, a nova voluntária estava ensinando a cinco diferentes classes de segundo e terceiro graus sobre o abuso de animais, a superpopulação de animais domésticos, e sobre como tratar aos animais com bondade.

Doze estados americanos já aprovaram leis reconhecendo a importância de se ensinar a educação humanitária às crianças. Ela eleva o nível de empatia com outros seres vivos e pode fazer cessar a ligação entre crueldade contra animais e violência doméstica.

A maioria dos programas exige o professor em sala de aula para primeiramente aprender as lições que irá ensinar aos alunos. Com o programa da ONG Heaven Can Wait, não foi diferente. Havia grandes quantidades de materiais e, diante da pesada carga de trabalho, apenas os professores mais motivados conseguiram fazer o download e implementar o programa a tempo.

Então, quando Kris Foote se ofereceu para levar o programa “Anjos para Animais” diretamente para a sala de aula, houve pulos de alegria por parte da ONG e das escolas. Ela conseguiu imediatamente cinco turmas de segunda e terceira classes.

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Graças a Kris Foote, a classe de Ms. Bailey teve 4 semanas de programa de educação humanitária(Foto: Care 2)

Durante quatro semanas, Kris deu aulas que incluíram:

- “Animais domésticos são parte de nossa família” – sobre tutela responsável

- “Por favor, ninhada não” – a respeito de superpopulação animal e da solução da castração dos animais
- “Crueldade Animal” – quebrando a cadeia de abuso de animais
- “Gatos selvagens” – falando da tragédia dos gatos de rua

Kris relata que adorou o trabalho com as crianças. “As crianças são muito inteligentes e muito interessadas nas aulas”, disse Kris. “Elas fazem boas perguntas. Eu senti que o trabalho ajudou a incutir empatia nos estudantes para com os animais. Foi muito gratificante”.

Aqui estão alguns exemplos de reações dos alunos para com as lições aprendidas:

1. “Se todos tivessem seus cães e gatos castrados, eles não seriam extintos?”

2. Durante a aula “Por favor, ninhada não”, Kris colocou fotos de casas com pontos de velcro sobre elas e as crianças colocavam animais nesses pontos (2 por casa). Quando as casas estavam cheias, os alunos colocam 4 animais em um abrigo. Quando o abrigo estava cheio, havia animais que sobravam.

“Nós estávamos falando sobre o que acontece com os animais que não têm uma casa ou um abrigo para onde ir, e que eles podem precisar serem ‘postos para dormir’ (eutanasiados)”, disse Kris. “Logo após o exercício, um aluno levantou a questão: ‘e se todo mundo fosse rico?’. Ao falar com ele, descobri que ele estava pensando que se todo mundo fosse rico, todos os animais teriam casas, ou abrigos adicionais poderiam ser construídos de modo que não haveria animais abandonados. ”

3. Em outra sessão, Kris pediu um voluntário para ir à frente e ler um livro em voz alta para o resto da classe. Uma menina da segunda série levantou a mão para o trabalho. Quando ela se aproximou de Kris, disse: “eu não consigo ler muito bem, mas eu realmente quero fazer isso.”

Durante o programa, os alunos escreveram histórias sobre animais passarem a fazer parte de uma família, e completaram problemas de matemática que ensinam sobre a superpopulação de animais, além de terem levantando sugestões sobre como parar o abuso contra os animais. Eles também montaram brinquedos para os cães resgatados pela ONG, pois eles queriam que os caninos tivessem um brinquedo para levar consigo para seus novos lares adotivos.

O programa Anjos para Animais foi criado por Kim Yates, que é professora e membro do conselho da Heaven Can Wait. Ele está no site da ONG e pode ser baixado gratuitamente por professores que queiram fazer uso dele.

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