Tigre nada em piscina no zoo do Rio de Janeiro
Foto: AP
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No calor do verão brasileiro, não é só você que passa trabalho. Quando a temperatura aumenta, até os animais precisam de cuidados extras - especialmente nos zoológicos, que abrigam diversas espécies dos mais variados tamanhos e origens. E até sorvete e ar-condicionado são usados para refrescar os bichos.
"Nós pegamos uma parte dos alimentos utilizados na dieta deles, congelamos e fornecemos em forma de sorvete", conta o biólogo Cauê Monticelli, do Parque Zoológico de São Paulo. No GramadoZoo, em Gramado (RS), primatas e felinos ganham picolés de frutas e de carne, respectivamente. Lagos, chafarizes e ar-condicionado também são usados para amenizar o calor. "Os felinos entram bastante no lago. Para os pinguins, a gente precisa ligar o ar-condicionado na parte fechada, onde fica a piscina", diz a técnica veterinária do GramadoZoo Christina Capalbo.
Alguns animais sofrem mais com os dias quentes do que outros. Segundo Christina, aqueles oriundos de regiões quentes, como a Amazônia e o Centro-Oeste - primatas como o macaco-aranha, além de aves, como sabiás e papagaios - são mais adaptados ao calor. Mas animais como o pinguim-de-magalhães, mais afeitos aos climas amenos, precisam de mais cuidados.
No zoológico de Curitiba, além da atenção com a alimentação e o uso de brincadeiras, reformas recentes tornaram os recintos mais aptos a aliviar o calor dos animais. "De maneira geral, a gente procura adequar os recintos para que eles comportem condições extremas de frio e de calor. As aves receberam chuveirinhos, que são abertos nos dias mais quentes. Nós também fazemos brincadeiras e modificamos a planilha de alimentação. Essas medidas compõem um programa que visa a diminuir o estresse, que é aplicado durante todo o verão", explica a bióloga Tereza Cristina Castellano.
Até lama refresca
Nos dias de calor extremo, alguns animais podem ter comportamentos fora do comum, surpreendendo biólogos, cuidadores e visitantes. "As pessoas acham que os tamanduás não gostam de água mas, uma vez, um tamanduá-bandeira entrou no laguinho do recinto e se deitou", recorda Tereza Cristina. O biólogo do Parque Zoológico de São Paulo conta que alguns animais se refrescam com lama. "Os rinocerontes se sujam de lama para criar uma camada protetora contra o sol. Além disso, quando você molha o elefante, ele pega uma porção de lama e joga nas trombas, também formando uma camada", detalha Monticelli.
Nos dias de calor extremo, alguns animais podem ter comportamentos fora do comum, surpreendendo biólogos, cuidadores e visitantes. "As pessoas acham que os tamanduás não gostam de água mas, uma vez, um tamanduá-bandeira entrou no laguinho do recinto e se deitou", recorda Tereza Cristina. O biólogo do Parque Zoológico de São Paulo conta que alguns animais se refrescam com lama. "Os rinocerontes se sujam de lama para criar uma camada protetora contra o sol. Além disso, quando você molha o elefante, ele pega uma porção de lama e joga nas trombas, também formando uma camada", detalha Monticelli.
Segundo o biólogo, grande parte dos animais se acostuma bem a ambientes de temperatura amena ou até um pouco mais quente. Por isso, os cuidados no verão são feitos principalmente para a precaução de doenças. "A maioria dos animais de zoológico são acostumados a temperaturas normais. O que a gente tem que fazer é saber as necessidades de cada um para disponibilizar isso nos recintos".
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