Um grupo criado por cidadãos no Facebook e uma petição pública motivaram, nos últimos dias, uma onda de queixas junto da Câmara Municipal de Lagoa, GNR e autoridades veterinárias contra o homem que mantinha na sua propriedade, situada naquele concelho algarvio, animais de várias espécies mortos, moribundos ou com sinais evidentes de negligência.
Todas estas autoridades foram ao local, mas os resultados práticos destas acções são ainda desconhecidos.
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Anteontem, vários populares afirmam ter visto máquinas retroescavadoras a trabalhar no terreno. Isto depois de ter sido denunciado que ali estavam enterrados animais sem que tivessem sido sujeitos a qualquer tipo de controlo sanitário.
No mesmo dia, a presidente da associação Animal defendeu que o proprietário do espaço "não tem condições para continuar a actividade" e acusou as várias entidades que tinham conhecimento do caso de terem "falhado" ao permitir que a situação se arraste há vários anos.
O homem, conforme noticiou sexta-feira o JN, não tem licença de exploração pecuária. Num terreno baldio, à entrada da cidade, faz criação de bovinos e ovinos para venda. Tem ainda cavalos, burros e cães amarrados a árvores. Já foi alvo de vários processos de contra-ordenação e condenado ao pagamento de coimas por não salvaguardar o bem-estar animal.
"É reincidente. Já deu provas de que não tem qualquer capacidade para manter animais. Parece que estamos perante um coleccionador", acusa Rita Silva, da Animal.
No local o JN encontrou um bovino morto, em elevado estado de putrefacção, a escassos metros de um outro, moribundo. A nenhum deles foram prestados cuidados veterinários para minimizar o sofrimento, tal como a lei obriga.
.jn.pt/
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