Aonde o homem não chega, os animais são enviados. Para verificar os níveis de radioatividade na área atingida pelo desastre nuclear em Fukushima, no Japão, macacos e porcos são utilizados como verdadeiras cobaias. As informações são do site italiano green Me.
A “brilhante” ideia do governo nipônico foi anunciada pelo Le Parisien, de acordo com o qual, depois de meses de luta para estabilizar o reator, as autoridades estão tentando por em prática um colossal projeto: limpar os terrenos contaminados.
Para tanto, é necessário um mapa detalhado das áreas comprometidas. Mas como conseguir tal dado se os homens não podem se aproximar? Usando animais, especialmente macacos e porcos, equipados com GPS, contadores e dosímetros.
“A utilização destes animais nos permitirá criar um mapa acurado dos níveis de radiação no centro das florestas de Fukushima e que por vezes são difíceis de alcançar”, explicou o vice-presidente da Universidade Nipônica, Takayuki Takahashi.
Com braceletes eletrônicos, alguns macacos já foram enviados em outubro para a região, perto da cidade de Minamisoma. Mas uma nova missão suicida, desta vez com porcos também, repetirá em março o experimento. O uso destas cobaias, que serão transportadas por helicópteros, completará a medição da radioatividade.
Os liquidadores de Fukushima serão, portanto, os animais, que serão empregados de acordo com os especialistas japoneses para salvar as florestas da contaminação nuclear. Ao explorá-los, os cientistas esperam conhecer o nível de exposição a que foram submetidos e o impacto da radiação na fauna que vive próxima à usina. Mas a esperança maior é determinar o movimento da radioatividade nas florestas, que podem já estar ‘altamente contaminadas’.
“A área florestal de Fukushina é a principal fonte de madeira, água e alimento. A contaminação por césio coloca em risco a agricultura, a pesca e as zonas residenciais da vizinhança”, disse Takahashi.
É claro que medidas voltadas à descontaminação da área atingida pelo desastre são urgentes, mas por que sacrificar os animais? A tecnologia humana, da qual o Japão é muitas vezes pioneiro, não pode substituir seres com vida de tal tarefa?
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