Por Stephanie Lourenço (Da Redação)
Não é nenhum segredo que a indústria de extração de peles de animais para o uso humano é extremamente violenta. Inúmeros vídeos, textos e fotos são facilmente encontrados na internet, além de campanhas promovidas por ONGs, na tentativa de conscientizar a população a respeito desta cruel prática. Mas os esforços não foram suficientes para conter o avanço deste mercado que gira em torno de US$16 bilhões.
Há 15 anos, 42 estilistas trabalhavam com peles de animais, número que hoje subiu para 500, segundo informações de Keith Kaplan, diretor do Fur Information Council of America (Conselho de informações sobre peles dos EUA). Aproximadamente 3.500 looks com este material foram exibidos na última temporada de moda em Nova York. Kaplan declarou em entrevista ao Huffpost Live, que isso acontece porque a pele de animais proporciona inúmeras possibilidades para que o designer explore sua criatividade.
Hoje, a pele não é necessariamente utilizada em forma de casacos. Ela pode ser adaptada para jaquetas, bolsas, detalhes em outras peças de roupas e acessórios, o que torna seu custo mais acessível para este mercado consumidor crescente, que acredita que o vestuário traz a ideia de luxo e feminilidade. A maior parte da demanda vem de países como China, Rússia e Coréia, mas também é muito usado no Ocidente.
Cada vez mais celebridades são fotografadas com peles, o que desperta a curiosidade das pessoas, que tendem a se espelhar no estilo dos famosos. Segundo Kaplan, a população hoje tem mais acesso às roupas de marca e nada supera o apelo estético das peles de animais.
Para Sachin Bhola, Editor Fashion da AskMen.com, esta popularidade, principalmente nos lugares frios, é devido à necessidade que as mulheres têm de se aquecerem e continuarem sexy e “na moda”. Muitas pessoas hoje em Nova York passeiam tranquilamente sem receberem olhares de reprovação, como recebiam nos anos 80 e 90, quando sair de casa com um item de pele quase sempre resultava em polêmica.
Sachin divide as pessoas em três grupos: os defensores dos animais que são contra o uso de peles; os que usam e adoram; e os que gostam mas se sentem culpados e acabam, de maneira hipócrita, optando por peças vintage usadas.
O consumo destas roupas está tão banalizado que a cantora Beyoncé foi recentemente a um restaurante vegano com uma peça gigantesca de peles em volta do pescoço. Comportamento que, além de desrespeitoso, é ,no mínimo, contraditório. A celebridade anunciou que não se alimenta mais de nenhum produto de origem animal, provavelmente por motivos de saúde e não por questões éticas.
Na lista das adeptas desta crueldade estão Jennifer Lopez, Madonna, Lady Gaga, Kate Moss, Lindsay Lohan e Sharon Stone. Mas nessa questão, duas irmãs se destacam: Mary Kate e Ashley Olsen.
As gêmeas lançaram sua própria confecção de roupas chamada The Row, onde venderam uma bolsa inteira de peles por US$ 16.9 mil. Na época a ONG PETA iniciou forte campanha contra Mary Kate e Ashley e criou um jogo de internet no qual as pessoas eram convidadas a vestirem as duas com restos de animais e sangue.
Nesta indústria, os animais passam suas vidas confinados em minúsculas gaiolas em condições deploráveis, se auto-mutilam, desenvolvem stress e comportamentos psicóticos para mais tarde serem eletrocutados, asfixiados, envenenados, afogados ou estrangulados e, muitas vezes, esfolados vivos.
Mas estar na moda e ser visto é mais importante na sociedade de hoje do que os cem milhões de animais que são mortos por ano para satisfazer a vaidade de alguns seres humanos.
Para fazer um casaco de peles de comprimento médio matam-se:
125 arminhos
100 chinchilas
70 martas-zibelinas
50 martas canadianas
30 ratos almiscarados
30 sariguéias
30 coelhos
27 guaxinins
17 texugos
14 lontras
11 raposas douradas
11 linces
09 castores
Veja abaixo cenas do filme Terráqueos sobre a indústria de peles:
Futilidade de consumidores alavanca mercado de peles no mundo
23 de janeiro de 2014 às 11:54
Por Stephanie Lourenço (Da Redação)
Não é nenhum segredo que a indústria de extração de peles de animais para o uso humano é extremamente violenta. Inúmeros vídeos, textos e fotos são facilmente encontrados na internet, além de campanhas promovidas por ONGs, na tentativa de conscientizar a população a respeito desta cruel prática. Mas os esforços não foram suficientes para conter o avanço deste mercado que gira em torno de US$16 bilhões.
Há 15 anos, 42 estilistas trabalhavam com peles de animais, número que hoje subiu para 500, segundo informações de Keith Kaplan, diretor do Fur Information Council of America (Conselho de informações sobre peles dos EUA). Aproximadamente 3.500 looks com este material foram exibidos na última temporada de moda em Nova York. Kaplan declarou em entrevista ao Huffpost Live, que isso acontece porque a pele de animais proporciona inúmeras possibilidades para que o designer explore sua criatividade.
Hoje, a pele não é necessariamente utilizada em forma de casacos. Ela pode ser adaptada para jaquetas, bolsas, detalhes em outras peças de roupas e acessórios, o que torna seu custo mais acessível para este mercado consumidor crescente, que acredita que o vestuário traz a ideia de luxo e feminilidade. A maior parte da demanda vem de países como China, Rússia e Coréia, mas também é muito usado no Ocidente.
Cada vez mais celebridades são fotografadas com peles, o que desperta a curiosidade das pessoas, que tendem a se espelhar no estilo dos famosos. Segundo Kaplan, a população hoje tem mais acesso às roupas de marca e nada supera o apelo estético das peles de animais.
Para Sachin Bhola, Editor Fashion da AskMen.com, esta popularidade, principalmente nos lugares frios, é devido à necessidade que as mulheres têm de se aquecerem e continuarem sexy e “na moda”. Muitas pessoas hoje em Nova York passeiam tranquilamente sem receberem olhares de reprovação, como recebiam nos anos 80 e 90, quando sair de casa com um item de pele quase sempre resultava em polêmica.
Sachin divide as pessoas em três grupos: os defensores dos animais que são contra o uso de peles; os que usam e adoram; e os que gostam mas se sentem culpados e acabam, de maneira hipócrita, optando por peças vintage usadas.
O consumo destas roupas está tão banalizado que a cantora Beyoncé foi recentemente a um restaurante vegano com uma peça gigantesca de peles em volta do pescoço. Comportamento que, além de desrespeitoso, é ,no mínimo, contraditório. A celebridade anunciou que não se alimenta mais de nenhum produto de origem animal, provavelmente por motivos de saúde e não por questões éticas.
Na lista das adeptas desta crueldade estão Jennifer Lopez, Madonna, Lady Gaga, Kate Moss, Lindsay Lohan e Sharon Stone. Mas nessa questão, duas irmãs se destacam: Mary Kate e Ashley Olsen.
As gêmeas lançaram sua própria confecção de roupas chamada The Row, onde venderam uma bolsa inteira de peles por US$ 16.9 mil. Na época a ONG PETA iniciou forte campanha contra Mary Kate e Ashley e criou um jogo de internet no qual as pessoas eram convidadas a vestirem as duas com restos de animais e sangue.
Nesta indústria, os animais passam suas vidas confinados em minúsculas gaiolas em condições deploráveis, se auto-mutilam, desenvolvem stress e comportamentos psicóticos para mais tarde serem eletrocutados, asfixiados, envenenados, afogados ou estrangulados e, muitas vezes, esfolados vivos.
Mas estar na moda e ser visto é mais importante na sociedade de hoje do que os cem milhões de animais que são mortos por ano para satisfazer a vaidade de alguns seres humanos.
Para fazer um casaco de peles de comprimento médio matam-se:
125 arminhos
100 chinchilas
70 martas-zibelinas
50 martas canadianas
30 ratos almiscarados
30 sariguéias
30 coelhos
27 guaxinins
17 texugos
14 lontras
11 raposas douradas
11 linces
09 castores
Veja abaixo cenas do filme Terráqueos sobre a indústria de peles:
fonte: anda.jor
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