Os 140 quilómetros de estrada que faz, "por amor aos cães", diariamente, há 24 anos, entre o Porto e a serra da Freita, começam a pesar. Tem 77 anos e a idade já conta. Contudo, é a preocupação com o futuro dos animais que mais pesa na mente de António Tavares.
Arouca António, 77 anos, vai do Porto até à Freita tratar dos animais |
Já "no limite" físico e financeiro, o septuagenário pede que adotem os 26 cães serra-da-estrela e os quatro da raça castro-laboreiro que mantém em Chão de Espinho (Arouca, Freita) ou que o ajudem no sustento com donativos em dinheiro ou ração.
Todos os dias, faça sol, chuva ou neve, António Tavares arranca pelas 6 da manhã de casa, no Porto, rumo à Freita. Pelo meio, faz as duas pausas a que o corpo obriga e aproveita para ler o jornal no café. É quando chega a Chão de Espinho, pelas 9 horas, que os seus olhos brilham. Só regressa ao Porto ao início da tarde, depois de alimentar e mimar os seus "meninos" e de lhes fazer o asseio.
"Não sei como resolver isto na minha cabeça", confessa António Tavares, antigo criador de cães, que não tem coragem para abater os seus "meninos", que resistiram ao passar dos anos ao seu lado, desde a morte do seu único filho num acidente no IP5, e que foram aumentando a família.
fonte:.jn.pt/
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