No coração do Agreste pernambucano, Pesqueira já está repleta de bandeirinhas coloridas ao vento, pronta para o São João. Este ano, a festa começa cedo, com um cortejo no próximo dia 12, em homenagem a Luiz Gonzaga. Mas o ápice da programação se dará entre os dias 21 e 24 em dois principais polos de animação: a Praça Dom José Lopes, no Centro, e a Praça Comendador José Didier, também conhecida como Praça da Rosa.
Entre as atrações culturais, a cidade optou por valorizar os talentos da terra. E manteve o foco nos festejos de rua, dos bacamarteiros às quadrilhas. Este ano, 20 grupos irão apresentar suas coreografias no fim de semana junino.
Mas na cidade que é considerada o maior reduto indígena do Nordeste, duas tradições roubam a cena nesta época do ano: o casamento de matuto a cavalo e a busca da lenha, repetidas religiosamente no município todo dia 23 de junho, há décadas. O primeiro reúne mais de 1.500 cavaleiros montados em seus animais para encenar uma cerimônia matrimonial.
Já a busca da lenha faz parte da liturgia junina dos índios xukurus, residentes na Serra do Ororubá. Na Aldeia Vila de Cimbres, a tribo se reúne bem cedo para dançar o toré a manhã inteira. Depois vai, em comitiva, buscar lenha na mata. O cacique e os puxadores do toré vão na frente levando a bandeira de São João. Na volta, cada um carrega um pedaço de lenha.
Os xukurus, então, dão uma volta em torno da Paróquia Nossa Senhora das Montanhas, depositam a lenha na frente do prédio histórico, erguido no século 17, e fazem uma fogueira em homenagem à sua padroeira, Mãe Tamain, e também a São João e a São Pedro.
fonte: conline.ne10.uol
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