Gio Mendes - O Estado de S.Paulo
O Corpo de Bombeiros atendeu 638 casos de resgate de animais em situação de risco em todo o Estado de São Paulo no ano passado. São quase dois salvamentos por dia. A maioria das ocorrências envolve gatos e cachorros que ficaram presos em cima de árvores e telhados, mas a corporação afirma não ter dados estatísticos por tipos de ocorrência envolvendo animais.
"São muitos os pedidos para a retirada de gatos em cima de árvores. Muitas vezes, nem vamos para o local, pois o gato pode descer de uma árvore sozinho. E alguns solicitantes ficam irritados com isso. Temos de priorizar os casos", disse o tenente Marcos das Neves Palumbo. De acordo com o oficial, a atenção da corporação, que tem um efetivo de 9.824 bombeiros no Estado, é para as ocorrências envolvendo pessoas. "A vida humana tem maior peso para a gente. Ou atendo um gato que está no telhado ou uma pessoa que sofreu um acidente de trânsito e precisa de socorro", exemplifica Palumbo.
Os bombeiros não deixam de atender casos mais graves, como de cachorros que caem em rios ou cavalos em buracos, ocorrências que também são comuns, segundo Palumbo. "Privilegiamos os casos que os animais estão realmente em uma situação de perigo, além de estarem machucados, no caso de quedas."
O tenente afirma ainda que a corporação enfrenta problemas para encaminhar os animais quando eles não têm dono. "Não posso trazer o bicho para o quartel. As pessoas precisam ligar para o Centro de Zoonoses e pedir a remoção do animal para um local apropriado", diz.
Prioridade. Para o advogado Rogério dos Santos Ferreira Gonçalves, especialista em direito animal, o poder público deveria criar locais para receber os animais que vivem nas ruas. "Prefiro que os bombeiros deixem esses animais nas ruas depois de resgatá-los. As ONGs poderiam ajudar no recolhimento desses animais, mas também não têm condições de abrigar todos", diz Gonçalves.
Ele reconhece que os bombeiros não têm condições de salvar todos os animais em situação de risco. "Adoro animais, mas sei que existem situações com mais prioridade, como pessoas vítimas de enchente que precisam ser resgatadas com urgência, por exemplo. Além disso, o efetivo do Corpo de Bombeiros é pequeno para atender todo tipo de caso no Estado", afirma o advogado.
Luiz Guarnieri-28/3/2011
Salvamento. Casos incluem de animais presos em telhados a gatos e cachorros em rios
"São muitos os pedidos para a retirada de gatos em cima de árvores. Muitas vezes, nem vamos para o local, pois o gato pode descer de uma árvore sozinho. E alguns solicitantes ficam irritados com isso. Temos de priorizar os casos", disse o tenente Marcos das Neves Palumbo. De acordo com o oficial, a atenção da corporação, que tem um efetivo de 9.824 bombeiros no Estado, é para as ocorrências envolvendo pessoas. "A vida humana tem maior peso para a gente. Ou atendo um gato que está no telhado ou uma pessoa que sofreu um acidente de trânsito e precisa de socorro", exemplifica Palumbo.
Os bombeiros não deixam de atender casos mais graves, como de cachorros que caem em rios ou cavalos em buracos, ocorrências que também são comuns, segundo Palumbo. "Privilegiamos os casos que os animais estão realmente em uma situação de perigo, além de estarem machucados, no caso de quedas."
O tenente afirma ainda que a corporação enfrenta problemas para encaminhar os animais quando eles não têm dono. "Não posso trazer o bicho para o quartel. As pessoas precisam ligar para o Centro de Zoonoses e pedir a remoção do animal para um local apropriado", diz.
Prioridade. Para o advogado Rogério dos Santos Ferreira Gonçalves, especialista em direito animal, o poder público deveria criar locais para receber os animais que vivem nas ruas. "Prefiro que os bombeiros deixem esses animais nas ruas depois de resgatá-los. As ONGs poderiam ajudar no recolhimento desses animais, mas também não têm condições de abrigar todos", diz Gonçalves.
Ele reconhece que os bombeiros não têm condições de salvar todos os animais em situação de risco. "Adoro animais, mas sei que existem situações com mais prioridade, como pessoas vítimas de enchente que precisam ser resgatadas com urgência, por exemplo. Além disso, o efetivo do Corpo de Bombeiros é pequeno para atender todo tipo de caso no Estado", afirma o advogado.
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