sexta-feira, 31 de maio de 2013

Japão rejeita medidas internacionais de proteção de tubarões


Foto: Divulgação
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O Japão vai emitir “uma reserva” sobre o reforço das regras, decidido pelos 178 países-membros da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES, em inglês), numa reunião em março, em Banguecoque.
Os países-membros aprovaram, em sessão plenária, o reforço das medidas de proteção do tubarão-de-pontas-brancas, do tubarão-sardo e de três espécies de tubarões martelo (recortado, gigante e liso).
Mas “para o Governo japonês, estas espécies devem ser geridas pelas organizações de pesca existentes” e não pela CITES, explicou um diplomata nipónico.
O Japão tinha tentado, sem resultados e com o apoio da China, bloquear a votação desta nova regulamentação em Banguecoque. As barbatanas de tubarão são muito caras na Ásia, onde são consideradas uma iguaria.
De acordo com a Organização Não-Governamental Traffic, o comércio de barbatanas está avaliado em mais de 480 milhões de dólares por ano.
De acordo com a Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO), cerca de 100 milhões de tubarões são mortos todos os anos.
A FAO salientou que 90% dos tubarões do mundo desapareceram nos últimos 100 anos, devido sobretudo à pesca.
A decisão de Tóquio poderá desencadear uma onda de protestos contra o Japão, cujo apetite insaciável por peixe e mariscos é acusado de ameaçar várias espécies, incluindo o atum.
O programa de caça às baleias japonês, oficialmente organizado para fins científicos, é frequentemente criticado, uma vez que a carne das baleias pescadas pelos japoneses termina nos mercados.

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