Por Sueli Fontes (da Redação)
Aplaudiriam os vitorianos um Dia do Blusa – festividade que ocorre na cidade de Vitória, País Basco, Espanha, todo 25 de julho, na qual os participantes são chamados de blusas – sem corrida de burros ou jogariam pragas no prefeito se ele a proibisse?
A um mês do Dia do Blusa, o líder comunitário pede à Prefeitura que não autorize o festejo organizado por blusas e neskas. E faz o pedido devido a uma denúncia da ATEA e baseando-se na legislação de proteção animal, tanto na atual como na nova ordem de Vitória que logo estará em vigor. O líder comunitário considera que, mais cedo ou mais tarde, este tipo de espetáculo está condenado à desaparição. Isso já ocorreu em outros povoados e cidades. Assim que, em sua opinião, facilmente poderá ser substituída por outra paródia igualmente divertida, que seja do gosto do público sem causar danos a terceiros. Se a Prefeitura não responder ao pedido e permitir a corrida, Martina Gartziandia solicita medidas para que não maltratem os burros. A polêmica foi lançada. As informações são do jornal Notícias de Álava.
A Associação para um trato ético dos animais apresentou sua primeira queixa em julho de 2012 ao prefeito, mas não obteve resposta. ATEA baseou sua denúncia num relatório do veterinário Enrique Zaldívar, em que atestava o sofrimento psicológico – angústia – dos burros em uma corrida urbana. Após a iniciativa não prosperar, o coletivo animalista buscou o líder comunitário, que, agora, atua em seu nome. Em sua análise, Gartziandia cita várias das proibições da lei de proteção animal: maltrato, práticas que produzam sofrimento, danos e angústia, atos de crueldade, agressões, trato vexatório… E vai mais além ao argumentar que a nova norma gasteiztarra (de Vitória-Gasteiz) será mais restritiva ainda. Nela, espetáculos como a corrida de burros não terão vez. Se bem que este festejo não difere muito de outros com animais como as touradas ou o circo. Por que então as autoridades proíbem uns (circo) e permitem outros (touradas)? Primeira contradição.
Centrando-se na corrida de burros do dia 25 de julho parece evidente, disse o líder, que as circunstâncias que a rodeiam não são as mais adequadas: no meio de uma praça, com uma multidão de pessoas, lotada de jovens agitados, inquietos… Tudo isso, “produz estresse e possivelmente angustia os burros, ao se verem submetidos a uma situação desconhecida para eles”. Além disso, “pode gerar temor no animal e parece óbvio que supõe um sofrimento para os asnos.” Sem esquecer que os comportamentos que são impostos aos animais são alheios e impróprios à sua condição. Com todos estes argumentos sobre a mesa, o líder comunitário conclui que esta competição não condiz como a norma de proteção de animais.
fonte: anda.jor
Nenhum comentário:
Postar um comentário
verdade na expressão