Por Patrícia Tai (da Redação)
Uma quantidade inimaginável de macacos foi assassinada recentemente, na Malásia, pelo Governo. As populações desses animais vêm aumentando no país, gerando um conflito de convivência entre eles e os animais-humanos.
Por Patrícia Tai (da Redação)
Uma quantidade inimaginável de macacos foi assassinada recentemente, na Malásia, pelo Governo. As populações desses animais vêm aumentando no país, gerando um conflito de convivência entre eles e os animais-humanos.
Mas o partido político malasiano PKR (Parti Keadilan Rakyat, traduzido como “People’s Justice Party”) veio a público pedir que o governo pare com o “genocídio” e que estabeleça uma solução mais humana para lidar com os primatas. As informações são do Fz.com.
Estatísticas divulgadas pelo Departamento de Vida Selvagem e Parques Nacionais (DWNP, conhecido como Perhilitan) mostraram que 97.300 macacos foram assassinados, e N. Surendran, Vice-Presidente do PKR, disse que isso foi feito cruelmente e sem a supervisão de veterinários.
Algumas mortes foram feitas por afogamento, segundo Surendran, que afirmou que isso é inadmissível, e que uma das políticas do PKR é “crueldade animal zero”.
O partido considera as mortes chocantes e julga que ocorreram por incompetência do Ministério de Recursos Naturais.
Surendran acrescenta que a chacina dos macacos trouxe ao país uma imagem ruim, especialmente quando a esterilização e translocação seriam maneiras mais humanas de resolver a questão do que o país julga como problema, que é a superpopulação de primatas.
“Não é uma espécie em extinção mas, dessa forma, pode se tornar. Nós estamos levando-os à extinção?”, perguntou Surendram, indignado, em uma conferência à Imprensa na sede do partido.
Na conferência estavam presentes Shenazz Khan, presidente da Sociedade de Bem-estar animal da Malásia (MAWS) e Christine Chin, da Sociedade pela Prevenção da Crueldade com Animais (SPCA) do estado de Selangor.
Os macacos da Malásia são da família Cercopithecidae, e somente podem ser encontrados na África, Ásia, China e Japão. Eles têm grande porte e as cores de suas pelagens variam do marrom ao preto.
O PKR denuncia a falta de transparência do Perhilitan, que não revelou como os macacos foram tratados.
Christine Chin afirma que, se o conflito entre os animais-humanos e os animais não-humanos seria inevitável, por outro lado, há histórias de sucesso em lidar com o assunto, como a Índia e Hong Kong já demonstraram. O assassinato em massa dos primatas, disse ela, é “moralmente errado” e não resolve o problema.
Shenaaz, por sua vez, falou da incoerência e da diferença de tratamento dependendo de espécies de animais. “Se o governo pode alocar milhões para trazer pandas, por que não canalizar alguma quantia para conservar as espécies naturais?”, pergunta ela, aludindo aos dois pandas que serão “emprestados” no próximo ano pela China à Malásia, para marcar 40 anos de relações diplomáticas.
fonte: anda
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