domingo, 16 de novembro de 2014

Borboletas eram contrabandeadas do Amazonas para a Polônia

espécie das 53 borboletas serão informadas hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) (Antonio Lima)
espécie das 53 borboletas serão informadas hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) (Antonio Lima)
Uma encomenda com 53 borboletas que saiu de Nova Olinda do Norte (distante 135 km em linha reta de Manaus) foi apreendida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na tarde de ontem. Os insetos foram, identificados pelo aparelho de raios X da agência dos Correios, localizada na avenida Rodrigo Otávio, próximo ao Complexo Viário Gilberto Mestrinho, Coroado, Zona Leste.
As borboletas estavam dentro de um livro (transformado em uma caixa) e tinha como destino a Polônia, na Europa. Segundo o chefe da divisão técnica ambiental e superintendente em exercício do Ibama, Geandro Pantoja, a multa para quem faz o contrabando internacional, tanto para o remetente quanto para o destinatário, pode variar de R$ 26,5 mil se não for uma espécie em risco, e chegar a R$ 265 mil, caso o laudo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), previsto para acontecer hoje, indique que os animais são de uma espécie de borboletas ameaçada de extinção.
Pantoja informou também que está em andamento a investigação para saber quem é o remetente da encomenda, uma vez que as agências dos Correios não exigem uma identificação, uma vez que do nome e endereços fornecidos podem ser falsos. Quanto ao destinatário, na Polônia, será denunciado para a Polícia Federal por tráfico Internacional de animais silvestres.
“O Ibama vem intensificando as fiscalizações na tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru) com ações nos aeroportos e em parceria com as agências dos Correios na colaboração nesse caso das borboletas”, afirmou o superintendente em exercício, ao enfatizar que o órgão também se preocupa com outros casos de biopirataria e ressalta o empenho do instituto em acabar com a exportação ilegal de peixes ornamentais, como os da espécie Aruanã, que saem do estado do Pará com destino à Colômbia.
Quelônios também são alvos
A Polícia Federal prendeu em agosto desse ano duas pessoas suspeitas de fazer parte de um esquema de caça, transporte e comercialização ilícita de tartarugas-da-amazônia e tracajás nos estados de Roraima e Amazonas por meio da Operação Podocnemis. Ainda estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, nove de prisão e 22 de condução coercitiva.
A Polícia Federal estima que o comércio ilegal das tartarugas movimente, em uma semana, aproximadamente, R$ 1 milhão, com destaque para os lucros dos restaurantes e dos comerciantes que fazem entrega dos animais em domicílio, preparados para consumo, mortos para preparação ou mesmo vivos.
Fonte: A Crítica

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