CIÊNCIA SEM ÉTICA
Por Robson Fernando de Souza (da Redação)
Uma “solução” bizarra para a falta de doadores de órgãos vem sendo cogitada por médicos e cientistas: o xenotransplante, que consiste em extrair órgãos, tecidos e células entre diferentes espécies animais. Na prática isso implica explorar e matar animais para fornecer seus órgãos para transplante em seres humanos.
Até o final da década de 1970, houve dezenas de transplantes de órgãos como fim, fígado e coração a partir de macacos, porcos, coelhos e cabras, mas o alto índice de fracasso desses procedimentos, por causa da rejeição hiperaguda que destruía os órgãos transplantados em poucas horas, levou ao abandono desse tipo de procedimento.
Porém, a exploração de animais para roubar seus órgãos pode voltar no mais breve do que se imagina. Hoje já é comum a utilização de tecidos de corpos de porcos em próteses cardíacas e na composição de fígados bioartificiais. E pesquisadores já vêm utilizando técnicas de terapia genética, com a modificação genética dos animais, que têm os genes que provocavam a rejeição hiperaguda substituídos por genes humanos.
Atualmente, pesquisadores vêm testando o xenotransplante de tipos celulares como células mesenquimais e células-tronco do pâncreas, do sangue e do fígado de porcos, com resultados ditos “promissores”. O mais chocante é a dependência que o tratamento do diabetes poderá ter desse tipo de procedimento, já que ilhotas pancreáticas, células produtoras de insulina, serão retiradas de pâncreas de porcos transgênicos e injetadas em órgãos do paciente receptos, como o fígado, o que dispensaria o transplante do órgão inteiro.
Outro experimento bizarro que vem sendo feito nessa linha é o xenotransplante multivisceral, no qual estômago, intestino, fígado e pâncreas são transplantados todos de uma só vez, em experimentos realizados com coelhos e porcos.
O xenotransplante vem sendo divulgado como “promissor”, mas, se depender da mobilização dos defensores dos Direitos Animais, será apenas uma bizarrice a ser arquivada. Os animais não merecem ser explorados e mortos para esses fins, pelos mesmos motivos que não se admite na comunidade científica que se mate pessoas para extrair seus órgãos para transplante. O ser humano não tem esse direito de matar uns, contra a vontade destes, para salvar outros.
Se essa técnica for aprovada pela comunidade científica, veremos muitos animais sendo confinados e mortos para terem seus órgãos arrancados para fins de transplante. E isso precisa ser impedido pelos defensores dos animais.
fonte: anda
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