Em diversos países o chamado ‘distúrbio de colapso das colônias’, que causa desaparecimento das colmeias, preocupa estudiosos. (Foto: Eduardo Pioli Alberti/VC no G1)
Estudo publicado nesta quarta-feira (27) na revista “Nature Communications” sugere que pesticidas utilizados por fazendeiros para proteger cultivos e colmeias podem embaralhar os circuitos cerebrais das abelhas melíferas (produtoras de mel), afetando sua memória e capacidade de navegação, necessárias para encontrar comida.
O artigo aponta que tal fato pode ameaçar colônias de abelhas inteiras, cujas funções polinizadoras são vitais para a produção de comida para nós, humanos.
As [abelhas] polinizadoras têm comportamentos sofisticados enquanto se alimentam, que exigem que aprendam e se lembrem de tratos florais associados à comida’, acrescentou Geraldine Wright, do Centro de Comportamento e Evolução da Universidade de Newcastle.
“A interrupção desta importante função tem implicações profundas na sobrevivência de colônias de abelhas produtoras de mel porque as abelhas que não conseguem aprender não conseguirão encontrar comida”, emendou.
A descoberta foi feita em meio a um intenso debate sobre o uso continuado de neonicotinoides. Há duas semanas, países europeus rejeitaram uma proposta de proibição por dois anos do grupo de inseticidas que atinge o cérebro, depois da oposição da indústria agroquímica.
As abelhas são 80% dos insetos polinizadores de plantas. Sem elas, muitos cultivos seriam incapazes de frutificar ou teriam que ser polinizados a mão. Os cientistas afirmam que suas descobertas podem levar a uma reavaliação do uso de pesticidas.
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