CONSCIÊNCIA
A manhã saindo das sombras vai despertando os homens dos seus sonhos que, levados pela noite vão dormir... extinguindo-se na imensidão do tempo, tornando-se nada.
O cão ladra, o gato mia, o boi muge... começando o dia! E, mais uma vez, tudo é novo, no escutar dos galos, no chilrear dos passarinhos.
O sol, despejando-se pela natureza, clareando os caminhos esquenta o frio
dando vida a tudo que se move, esverdeando as plantas no milagre da fotossíntese liberta oxigênio no ar, deste, retirando o gás carbônico a tudo purifica.
A beleza do trabalho nato de tudo que existe, inalcançável pelas palavras, é desconhecida do homem! Quiseram ser o único, isolados pelas crenças perderam o esplendor da visão do Real.
Deram as costas à natureza, aos animais, às plantas e a si mesmos, ignorando o que é a humanidade! Oceano de sangue que circula pelas veias em cada ser.
Quantos desses ficarão junto à última árvore a ser cortada, ao último latido de um cão e miado de um gato? Nem um peixe haverá para pescar, sendo torrados pelo fogo do aquecimento global! Pensando: “onde ficou o meu dar e receber, tão negociado? Agora, tudo é tão diferente!”
E, apenas um, entre os que sobraram, despertará, gritando liberdade! No triunfo da vida explodirá em direção à construção de um mundo, criado pelo novo homem saído das cinzas, iluminado pela VERDADE.
E os que lá ficaram, amontoados moribundos, apenas um olhou ao passado, tinha sido um jornalista, numa visão gigantesca as cenas por ele fotografadas, gravadas em sua memória, se abriram e o horror se apresentou ao ver que, ele, homem considerado tão simples..., também contribuiu para a destruição dos homens, dos animais e de toda a natureza, pela covardia de nada fazer, de obedecer, seguir a pastores, políticos, filósofos... na crença da existência de um “eu” “made in home” fabricado pela sociedade, legislado pelas civilizações.
Aqui segue algumas das cenas vistas por este homem, o último sobre a Terra que chorava sangue sobre os corpos dos seus companheiros jazidos ao seu lado.
Assim foi na Croácia (pelos séculos...XX, XXI): os animais encontrados pela estrada eram enforcados pelas galhas.
Assim foi no Oriente ... não adulterar, não roubar, não desejar a mulher do próximo... as leis dos homens acima das leis da vida, do verdadeiro Deus. E isto se repetiu desde os tempos de Moisés.
Assim foi na África (o que o mundo pouco falou, igual à crueldade praticada contra os animais)
Assim foi na Alemanha...
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e continuou sendo pelo mundo
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ATÉ QUANDO HUMANIDADE?
LUTEMOS PELO DIREITO E SALVAÇÃO DOS HOMENS, DOS ANIMAIS E DA NATUREZA ENQUANTO AINDA HÁ TEMPO.
Por que somos tão cruéis?
Não é, porque entregamos a direção do mundo e de nossas vidas aos pensamentos?
Não é, porque sempre vivemos na dimensão mental escravos do tempo?
E o que é o pensamento, o que é a mente e o tempo?
Há séculos os homens buscam por fim ao seu sofrimento recorrendo a toda espécie de crenças e dependências: sociais, políticas ou religiosas e mais cruéis se tornaram pois, o sofrimento psicológico está intrinsecamente ligado ao prazer e ao medo; num processo de fuga de si mesmo, evitando encarar a dor, apenas reclamando, resmungando e inventando seitas, fabricaram guerras, culpando a tudo e a todos, esquecendo de se ver em busca de seguranças psicológicas.
O intelecto tornando-se cada vez mais astucioso, pervertido e malvado foi inventando variedades de sistemas, idéias, teorias, distrações e campos de extermínios, tentando resolver os problemas criados pelos pensamentos que funcionaram fora de sua área que, é, apenas, a de atividades ou conhecimentos técnicos ou pesquisas científicas.
Fomos educados para idolatrar, repetir, imitar e seguir aos homens considerados talentosos, os filósofos, os líderes políticos e religiosos. Na esperança de serem estes, os salvadores dos seus tormentos e confusões, mergulharam e mergulham cada vez mais nas distrações dadas por estes mesmos homens: pão dormido, pau e circo; jogos, bandas, novelas etc. justificando a ignorância, no termo: isto é cultura! E vão dormir satisfeitos por terem entregue seu psíquico ao mundo, que o rege, domina, tornando-se escravos.
O mundo é cada um de nós, o que nós somos o mundo é e, todos, estão entregues a todos, dependentes psicologicamente de todos, resultando disso conflitos, ódios, malefícios, violências, desastres, desgraças, extermínios e crueldades explodindo em guerras mundiais, resultado da guerra individual em cada um de nós em nossas relações, seja com a natureza, com os homens ou os animais; sem espaço mental, apenas nos esperneamos, gritando por liberdade sendo todos nós responsáveis.
O pensamento quer resolver os problemas que ele próprio criou, sendo esta a maior das contradições.
Pensar é uma reação da memória reagindo conforme as crenças, ideologias, preconceitos, educação, experiências, conhecimentos etc. de cada um em tudo que vê, escuta ou toca, conforme seja a cultura, brasileira, americana ou chinesa - por dentro os homens são iguais e jamais resolverão nenhum problema através dos pensamentos, todo ele é condicionado, apenas criarão mais confusão enquanto não ultrapassarem esta dimensão mental.
No presente não há pensamentos, portanto não há mente, é um viver dinâmico que nem as águas vivas do mar; todavia, o “presente” do homem se tornou uma mera repetição do passado em direção a um “futuro”, também inventado pelo pensamento para se perpetuar; a cada instante somos apenas o máximo de todo este passado com todas as suas crueldades, esperanças, desesperos, maldades e efêmeras glorias. Nada é novo há séculos e, com isto, estamos a nos destruir. O pensamento é o único mal, o único pecado existente no mundo.
Este tão querido “pensador”, (entidade fictícia) ao qual damos tanta importância, por ele brigamos, nos guerreamos... nada mais é do que uma invenção do pensamento para continuar, se auto proteger fechando-se cada vez mais no isolamento da prisão de sua atividade egocêntrica. O pensador nada mais é do que outro pensamento.
Homens, só há pensamentos, descubram-se! Afastem de si, pela percepção, pelo se dar conta, esta pesada manta ao qual foram envolvidos desde que nasceram, a manta dos pensamentos alheios tecidos pela sociedade, pelos professores, pais, amigos, padres, parentes... através das palavras, com todas as estórias e imagens que vocês passaram a crer, ser este o seu “eu” de verdade, que a vida é isto , esta é a realidade.
O pensar do primeiro homem multiplicou-se pelas gerações e até hoje se perpetua tornando-se imortal,... de avós para netos, de pais para filhos... este passado que nada mais é do que pensamentos acumulados, um baú de memórias, se arrastou e continua, cada vez mais forte, (enchendo este baú, que é a própria mente) dando continuidade à vida dos mortos; todos somos cópia, embora, por vezes, um pouco modificada de todos os homens nascidos neste planeta.
Esta é a mente, comum a todos, ela nada mais é do que pensamentos acumulados e pensamento é tempo - tempo psicológico. Na união a mente não subsiste, por isso adoramos ser diferentes, guerrear, competir, estamos sempre a tudo dividindo, pondo em compartimentos todos os mais ínfimos detalhes com a etiquetagem do bem e do mal, do feio e do bonito, do superior ou inferior..., dos racionais ou irracionais.
O homem hipnotizado que foi desde sua nascença através de palavras e imagens, sofre psicologicamente em verdade à procura de si mesmo, sem saber o que busca. E está tão perto... não procure fora, é você mesmo, é você de verdade a quem procuras. Dando-se conta de que está num estado hipnotizado, o extraordinário acontece, conhecerás o amor, a compaixão e, vivendo na verdadeira dimensão do homem que não é a mental, o desconhecido, o eterno será uma realidade.
Albertina
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verdade na expressão