segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Protesto une campineiros pelo fim dos maus-tratos contra animais Representantes de ONGs e ativistas lotaram a Praça do Centro de Convivência na manhã deste domingo (22)

Com cartazes de protesto, moradores de Campinas reuniram-se na manhã deste domingo (22) na Praça Imprensa Fluminense para pedir o fim da crueldade contra os animais. De acordo com a Guarda Municipal de Campinas, cerca de 50 pessoas estavam presentes no início da manifestação, às 10h. O número de manifestantes aumentou visivelmente até o fim da passeata, que durou cerca de duas horas, e chegou a 500, de acordo com o presidente do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (CMPDA) de Campinas, Flavio Llmas.

Veja a galeria de fotos do protesto

O público ocupou os espaços em frente ao Centro de Convivência Cultural e lotou o espaço do Teatro de Arena. Líderes de ONGs e ativistas lembraram casos recentes de violência como o do Cão Lobo, de Piracicaba, e de um cachorro da raça Yorkshire espancado por uma enfermeira de 22 anos, em Formosa (GO).

 

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Em discurso durante a manifestação, Llmas pediu por mudanças na lei de proteção aos animais. “É preciso que sejam aplicadas punições mais severas. Quem mata um animal hoje pode matar um ser humano amanhã”. Organizado simultaneamente em mais de 150 municípios brasileiros e em cidades no exterior, o movimento pede uma reformulação na legislação atual, com penas mais rigorosas para os acusados.

Campinas
A delegacia de proteção aos animais de Campinas registra entre 60 e 70 casos por mês de maus-tratos contra os animais. Os dados apresentados pelo presidente do conselho municipal de defesa e proteção dos animais, Flavio Llmas, são baseados nas denúncias feitas pela população que ferem o artigo 32 da lei 9.605, que prevê penas que variam de três meses a um ano de prisão. “A lei abre precedente para o pagamento de multas. Nosso intuito é que a legislação seja mudada para que haja punição efetiva”, afirma Llamas.

 

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Adoção

A campineira Andréia Lara Martins (foto ao lado) trouxe a cadela Meg, de Jundiaí, cidade onde mora atualmente, para participar da manifestação. A técnica em logística encontrou a cachorra ainda filhote vagando pela rua, próximo a um ponto de ônibus. A cachorra apresentava ferimentos pelo corpo e teve que se adaptar ao convívio com Shark, pitbull também resgatado por Andréia, três anos antes.

“Ela estava bem machucada e teve que passar por uma cirurgia para retirada do útero, mas hoje está ótima. Ela representa os cães de rua do Brasil”, conta.

Veja como foi a manifestação em Araraquara, Piracicaba e Ribeirão Preto.

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Os manifestantes também pediram pelo fim do abandono e incentivaram a adoção. Representantes da ONG Anjos de Quatro Patas levaram 10 filhotes de gatos na esperança de encontrar um lar para o grupo. Sete deles foram adotados. A psicóloga Bruna Ibarra Gôngora (foto ao lado), de 25 anos, levou um dos filhotes para casa. “Já tenho outros dois gatos, que adotei em ONGs. Hoje vim para a feira com o objetivo de levar mais um para casa”, conta.

Outro destaque durante o protesto foi o cão Cabeção. A aparência do animal, mestiço de pitbull, pode assustar em um primeiro momento, mas o temperamento dócil do cachorro chamou a atenção dos manifestantes. Cabeção foi adotado pela psicóloga Gianny Agege, depois de ter sido abandonado em frente ao prédio onde mora. “Ele fica solto durante o dia. Quando alguém reclama por medo com os policiais, eles explicam que ele é manso”, conta a dona do cão, a psicóloga Gianny Agege, de 37 anos. O cachorro é companheiro da filha de Gianny, a pequena Maria Luíza (foto abaixo), de um ano.

A ação realizada neste domingo é a primeira de uma série que envolve o movimento “Crueldade Nunca Mais”, que visa uma reformulação nas leis. Para que a petição oficial do movimento seja elaborada é preciso que até o mês de abril sejam recolhidas 1,5 milhão de assinaturas em todo país. Os interessados em participar devem se cadastrar no site www.crueldadenuncamais.com.br.

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http://eptv.globo.com

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