A equipe formada por técnicos da Diretoria de Monitoramento e Fiscalização e da Diretoria de Laboratório esteve em Porto Calvo (AL) para verificar as denúncias quanto a possível matança de capivaras e mortandade de peixes no leito do rio Manguaba. Os crimes estariam acontecendo nas proximidades do povoado Caxangá, a cerca de cinco quilômetros da rodovia AL 101 Norte.
A denúncia, que teria sido feita por moradores locais e divulgada pela imprensa, dava conta de que capivaras, dos mais diferentes tamanhos, estariam sendo mortas e peixes seriam pegos após a colocação de veneno na água. A equipe que visitou o local conversou com moradores do povoado, recolheu amostras de possíveis problemas, mas não encontrou evidências contundentes quanto a informação divulgada.
Os moradores afirmaram que às vezes aparecem peixes mortos no leito do rio. Foi feita coleta e em aproximadamente uma semana será possível apontar a qualidade da água. Segundo André Luiz, da equipe de fiscalização, há aparente baixa de oxigênio. O oxímetro – instrumento que mede o oxigênio dissolvido – indicou 3.5, quando o ideal era que estivesse acima de 5.0.
“Mesmo assim temos que esperar o resultado da análise em laboratório para fazer qualquer afirmação mais precisa”, afirmou o técnico. Além disso, no ano passado uma equipe do IMA esteve no local para averiguar uma denúncia de mortandade de peixes.
Entretanto, André conta ainda que, nas margens do rio, foram encontradas embalagens de um veneno utilizado como carrapaticida. Com o nome de Cyperpour 15, o antiparasitário é geralmente utilizado em bovinos, eqüinos, muares, entre outros. “Não há evidência de que o veneno seria utilizado por pescadores. Sob uma ponte que cruza o rio a equipe encontrou alguns cavalos dentro de um estábulo improvisado, o veneno também pode estar sendo usado neles”, explicou André Luiz.
A maioria dos habitantes no povoado Caxangá é formada por pescadores e agricultores. Sobre as denúncias quanto a matança de capivaras, os moradores questionados afirmaram desconhecer o assunto. A dona de casa Maria Helena da Silva “nascida e criada” no local, disse nunca ter visto uma capivara.
Mesmo assim, o local será monitorado por ser reincidente nas denúncias de mesma natureza e, além disso, por apresentar alguns outros possíveis indicadores de vulnerabilidade.
Fonte: Primeira Edição
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