A primeira escola pública americana a servir apenas refeições vegetarianas, e muitas vezes veganas, é a P.S. 244 no Queens, Nova York. Os 428 alunos do pré à terceira série dispõem de uma variedade de saladas, arroz selecionado de jasmin, feijão temperado com pimentão e banana-da-terra cozida ao vapor, com maçã e cookies de aveia com uva passa de sobremesa. Nenhuma das crianças, que vivem perto de bairros coreanos e ásio-americanos do Flushing, parece pedir pelas comidas típicas do cardápio da escola, como cachorros-quentes e nuggets de frango frito. “Nós necessariamente não queremos promover o vegetarianismo ou o veganismo, mas você meio que entende essa mensagem,” disse um dos professores, Christian Ledesma. As informações são da AlterNet.
A ideia de retirar a carne veio organicamente, por assim dizer, quando os professores e os assistentes de crianças de 6 anos de idade da escola começaram a reparar nos lanches que os alunos traziam de casa. 86% delas são de famílias ásio-americanas, e a maioria carrega lanchinhos vegetarianos em suas lancheiras.
O diretor Robert Groff, ex-membro do Teach For America do Bronx, co-fundou a escola com a ideia de se promover um modo de vida mais saudável que, por sua vez, reforça a excelência acadêmica. “Não é somente a dieta”, disse Groff, “é algo maior ainda”.
A Atividade de Aprendizagem na Escola Básica reflete o que pode ser uma tendência nas escolas de outras cidades e de todo o país. A carne vem se tornando aos poucos menos popular nas dietas americanas em anos recentes. O Departamento de Agricultura relatou que os americanos consumiram 12% menos carne em 2012 que em cinco anos antes. A revista Forbes nomeou a sofisticada comida vegana como a tendência número um no ano passado.
De 2009 a 2011, a porcentagem de lares vegetarianos cresceu para 5%, representando um pulo de 2%. As dietas veganas dobraram de 1 para 2,5% (equivalente ao número de pessoas que moram no município de Los Angeles). Além disso, de acordo com um estudo chamado Harris Interactive de 2011, comandado pelo Vegetarian Resource Group, um grupo advocatício, 17% dos americanos consideram a si mesmos “flexitarianos”, ou aqueles que elegem a dieta vegetariana como maior parte de suas refeições.
As escolas públicas, em sua maioria, têm ido devagar para alcançar seu objetivo. Ainda assim, em setembro do ano passado, a San Diego Unified School District adotou as “Segundas Sem Carne” em suas escolas básicas, em que eles servem refeições à base de plantas para suas crianças do jardim de infância até os alunos do 5º ano. Gary Petill é o diretor de um dos servidores de comida do distrito e disse que eles adoraram a oportunidade de educar jovens estudantes sobre ter uma dieta vegetariana. “Nós decidimos por essa idade, porque nela as crianças estão aprendendo hábitos de alimentação para sua vida,” Petill disse. “Nós devemos tentar fazer o mesmo com o Ensino Médio. Com a ‘Segundas Sem Carne’, quando os alunos do 5º forem para a próxima etapa da escola, eles estarão mais abertos a opções vegetarianas.”
Na cidade Nova Yorque, a P.S. 244 é uma das duas escolas públicas que servem apenas comida vegetariana. A Peck Slip School M 343, localizada dentro do antigo Tweed Courthouse, oDepartamento de Educação (DOE) no Brooklyn, também está oferecendo um menu sem carne. A escola, que foi aberta em setembro de 2013, tem classes do pré ao 1º ano. E planeja expandir para classes de 5º ano.
Groff diz que em seu escritório há uma estante cheia de pastas. Uma pilha é dedicada a visitar os pais e a mídia, e inclui um convite à família para jantar e um calendário que providencia o menu da cafeteria todos os dias do mês. Cada dia inclui uma seção “coma suas cores” – os estudantes são encorajados a comerem uma variedade de vegetais, incluindo cenouras, salada de pepino e feijões cozidos do Brooklyn.
fonte:http://www.anda.jor.br/21/05/2014/alimentacao-vegetariana-adotada-escola-publica-americana
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