Vítimas em Floreal (SP) e Américo de Campos (SP) relatam sobre casos.
Falta de vigilância nos locais facilita a ação dos bandidos, diz delegado.
O furto de animais tem intrigado produtores rurais da região de Votuporanga (SP). Éguas de raça e filhotes tem sido o alvo dos ladrões e a situação se repete em várias propriedades. Vítimas em Floreal (SP) e Américo de Campos (SP) relatam sobre os casos.
A porteira trancada com corrente e cadeado não é mais suficiente pra impedir os crimes. Na propriedade de Fabiano Carlos de Oliveira, em Américo de Campos, os ladrões cortaram os fios de arame e conseguiram entrar no local. Uma égua prenha de 11 meses foi levada. “Trabalhamos tanto para ter as coisas e vem um ‘mão grande’ para roubarmos. Essas pessoas não podem ficar impunes”, diz Oliveira.
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Outra égua e uma mula que estavam no pasto ao lado também foram furtadas. A ação foi durante a madrugada. Um vizinho avisou os donos do sumiço. O pasto de onde os animais foram levados é alugado. Agora, os donos, que moram na cidade, temem pela segurança dos que ficaram. “Ficamos com medo, não colocamos mais comida perto da estrada para ver se mantemos eles longe da rodovia”, comenta Camila Moreno.
Mariana Oliveira Lessi também levou um susto, quando chegou ao seu sítio, que fica em Floreal, para tratar da égua e do potro, de apenas um mês, e encontrou o pasto vazio. A propriedade fica próxima à Rodovia Feliciano Sales Cunha e os ladrões também cortaram a cerca para retirar a mãe e o filhote. “A polícia já está acionada. Espero que encontrem esses ladrões, não podemos ficar no prejuízo”, comenta Mariana.
A suspeita é que os animais foram levados para uma plantação de cana próxima, do outro lado da pista. De lá, teriam sido embarcados e levados por um veículo pelos bandidos. A égua estava há 13 anos com a dona e já foi campeã em diversas provas de três tambores. Os animais são da raça quarto de milha e estão avaliados em R$ 33 mil. Para Mariana, dinheiro nenhum pode suprir a falta deles. “É um animal que temos muita estima e eles levam sem se preocupar com o valor sentimental”, diz Mariana.
De acordo com o delegado Márcio Nobuyoshi, a falta de vigilância nos locais facilita a ação dos bandidos. Ele, pro enquanto, descarta a relação entre os crimes. “Ainda não vemos ações de quadrilha, senão teríamos um número maior de registros. Hoje, os ladrões estão mais organizados, vão ao local, fazem uma análise do cotidiano daquela propriedade e executam o roubo. É preciso atenção na movimentação e denunciar para a polícia qualquer suspeita”, comenta.
De acordo com o delegado Márcio Nobuyoshi, a falta de vigilância nos locais facilita a ação dos bandidos. Ele, pro enquanto, descarta a relação entre os crimes. “Ainda não vemos ações de quadrilha, senão teríamos um número maior de registros. Hoje, os ladrões estão mais organizados, vão ao local, fazem uma análise do cotidiano daquela propriedade e executam o roubo. É preciso atenção na movimentação e denunciar para a polícia qualquer suspeita”, comenta.
A pena para quem comete este tipo de furto pode chegar a 8 anos de prisão.
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