(da Redação)
O desmatamento no Parque Nacional de Marahoue na África para a agricultura levou à perda de aproximadamente 80 % do habitat da vida selvagem na região, inclusive para os ameaçados elefantes que viviam na floresta.
Os notoriamente tímidos e famintos elefantes, procurando por comida ou por uma mudança no cenário, passaram a vagar pelas vilas, o que foi considerado uma ameaça pelos moradores e gerou conflitos. Conforme publicado recentemente na ANDA , devido a relatos de violência, o International Fund for Animal Welfare (IFAW) foi chamado para realocar os animais para a Costa do Marfim.
O documentário francês “Eléphants, l’opération de la dernière chance”, lançado recentemente e produzido pela jornalista francesa Olivia Mokiejewski, especialista em meio ambiente e embaixadora da IFAW, contém registros desse resgate dito “épico”, mas que nada mais foi que uma tentativa de “expulsão civilizada” de indivíduos não humanos de uma região que lhes pertencia e à qual pertenciam
Enquanto o filme mostra os resgatadores como heróis, e eles realmente têm o seu mérito, ele não focaliza no que é de fato importante, que é a origem do problema que levou à necessidade do transporte, nem no status de desolação desses animais e no que eles podem ter sofrido antes, durante e depois do processo onde não há nada que de fato possa ser considerado belo aos olhos dos espectadores. As informações são da Global Animal e do Le zapping du PAF.
Uma história de dois anos e a perda de duas vidas
Quando os moradores ameaçaram matar os elefantes, o governo da Costa do Marfim interveio em 2012, pedindo à IFAW que ajudasse a resolver o conflito. No entanto, poucos animais foram transportados e, ainda assim, foi um processo extremamente trabalhoso, conforme conta o documentário.
Segundo reportagem da Global Animal, dos estimados 12 elefantes que viviam na área, em uma manada predominantemente de machos, a IFAW capturou seis mas conseguiu transportar com sucesso apenas quatro.
Após ter recebido tranquilizantes, um elefante morreu afogado ao cair em um pântano próximo a Daloa. O outro faleceu por estresse, com um ataque cardíaco.
A equipe da IFAW conta que ficou abalada e entristecida com as mortes. A colaboradora Sissler-Bienvenu postou em seu blog: “Mesmo com todos os protocolos escrupulosamente seguidos, mesmo tendo os melhores profissionais de translocação em nosso negócio, sabemos que o risco de perder um elefante existe. Se esse elefante tivesse ficado em Daloa e se a alternativa de transporte não existisse, ele poderia ser em breve outra vítima do conflito com os humanos”.
fonte: anda.jor
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