Chelonia Mydas, ou Tartaruga-verde – Foto: Divulgação
A Eletrobras Eletronuclear foi multada em R$ 293 mil pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) pela captura que causou à morte e ferimento de tartarugas marinhas da espécie Chelonia Mydas, conhecida como tartaruga-verde, durante o processo de refrigeração da usina Angra 2, em Angra dos Reis (RJ). Em nota, a empresa diz que já toma providências para evitar mais incidentes envolvendo a fauna e a flora na região situada no entorno de suas instalações e esclareceu que o problema não aconteceu por dolo, negligência, imperícia ou imprudência na operação. Por isso, ela apresentará recursos contra os autos de infração do Ibama.
Para solucionar o problema dentro dos prazos estabelecidos pelo Ibama, a Eletronuclear alega estudar maneiras de garantir a proteção das tartarugas. Segundo Leonam dos Santos Guimarães, assistente da presidência da Eletronuclear, até o dia 14 de abril, a empresa bloqueará o acesso de tartarugas à entrada do canal de água para as usinas com uma tela submersa presa ao fundo do mar. O prazo dado pelo Ibama foi até o dia 15 deste mês.
Leonam também informou que a previsão é de que até junho, seja instalada grades em frente à tomada de água de Angra 2, para assim garantir a proteção total dos animais. Ele explicou que a captura incidental começou a ser observada em junho de 2010, e que nenhuma modificação na usina foi feita neste período, o que pode apontar como uma causa externa à central nuclear.
foto/divulgação
“O que nós observamos é que houve um aumento significativo da população de tartarugas marinhas na área localizada no Saco da Piraquara, onde, provavelmente, elas encontram condições mais favoráveis. Isto pode ter contribuído para a ocorrência das capturas incidentais”, afirmou.
Na nota divulgada pela Eletronuclear, a estatal ressalta que previamente à ocorrência das capturas incidentais, o Ibama já havia incluído o monitoramento das tartarugas marinhas na área de influência da central nuclear como uma das condicionantes da licença ambiental de Angra 3. Para atendê-la, a empresa contratou o Laboratório de Genética Marinha da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que já está realizando esse trabalho, até mesmo para entender o que tem causado o fenômeno que vem atraindo os animais para o entorno da usina.
Fonte: Diário do Vale
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