sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Hospital Público Veterinário é ampliado em São Paulo


Pouco mais de um mês após ser inaugurado, o primeiro Hospital Público Veterinário da capital já será expandido. A Associação Naci­onal de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa -SP), que administra o hospital, acaba de alugar um prédio de três an­dares no Tatuapé, zona leste da capital, a apenas 200 metros da atual sede. Segundo o diretor administrativo do centro, o veterinário Re­nato Tartalia, a expansão vai colaborar no atendimento dos cerca de cem animais que passam pela clínica diariamente.
Apesar do aumento do espaço – atualmente o hospital ocupa uma casa de 140 m² e o novo edifício tem cerca de 360 m² – o número de cães e gatos atendidos continuará o mesmo. A verba repassada pela Prefeitura para a Anclivepa-SP cobre apenas 35 novos atendimentos por dia, mil consultas e 180 cirurgias por mês.
Só nas últimas duas semanas, porém, mais de 700 animais foram atendidos, número superior às expectativas da administração. ‘Já sa­bíamos que havia carência, mas a procura nos surpreendeu ‘, diz o diretor-geral do hospital, Ricardo Amaral. ‘Estamos fazendo algo iné­dito e aprendemos a fazer enquanto estamos aqui’, completa Tar­talia.
Toda manhã, por volta das 6 horas, a fila começa a se formar na porta do hospital, ainda fechado. Às 8h, 35 senhas são distribuídas e, depois disso, só casos de urgência são aceitos. À tarde, o hospital re­cebe principalmente animais que já estão em tratamento e aqueles que voltam para consultas e cirurgias. Para selecionar quem será atendido, a Anclivepa-SP exige que tutores participem de algum pro­grama governamental como Bolsa Família ou Renda Mínima – quem não é beneficiário tem de passar por uma entrevista com assistente social para comprovar que não tem condições de pagar pelo trata­mento.
A gata Maria Rita e a cachorrinha Jade, ambas da inspetora escolar Zilda Lourenço, de 57 anos, ficaram doentes na mesma semana. Sem dinheiro para levar as duas a uma clínica particular, Zilda foi avisada por uma colega de trabalho sobre a existência do hospital no Tatuapé. Maria Rita foi diagnosticada com um problema nos rins e Jade, com infecção no útero. ‘O veterinário disse que essa infecção é comum em cadelas que não foram castradas. Eu não sabia que isso poderia ter sido evitado, bate um arrependimento.’
Prevenção
Segundo Renato Tartalia, uma parte considerável das enfermi­dades dos animais que são levados ao hospital poderia ter sido evi­tada. Como a de Maggie, cadela que tem cinomose, doença viral que ataca o sistema nervoso e pode ser prevenida com vacina. ‘Acho que o papel do hospital vai além do tratamento emergencial, que ele pode mudar o paradigma de várias coisas, a começar pela posse res­ponsável.’
Ele faz dois apelos: ‘Pedimos às pessoas que têm condição finan­ceira de tratar seus animais que deixem essa estrutura para aqueles que não têm condição’, diz Tartalia. ‘E o segundo pedido é: não soltem seus animais nas ruas. Os casos de fratura por atropelamento são maioria por aqui e podem ser evitados.’
A administração do hospital já foi procurada por alguns candi­datos à Prefeitura de São Paulo que se comprometeram em manter o serviço e prometeram até a implementação de hospitais seme­lhantes em outras regiões da cidade. O contrato da Anclivepa-SP com a Prefeitura tem duração de um ano, até julho de 2013. As infor­mações são do jornal O Estado de S.​Paulo.
Fonte: DM.com.br

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