O município justificou a restrição com o “afluxo de milhares de pessoas” durante as festas do concelho e com a necessidade de garantir “segurança, serenidade e tranquilidade” à romaria que encerra o ciclo festivo do Alto Minho.
Um grupo de ativistas que contesta o regresso das touradas a Ponte de Lima anunciou hoje a realização de uma concentração para domingo, às 17:00, próximo do local onde está prevista a realização de uma corrida de touros.
“Um grupo de cidadãos desta vila vem informar a Câmara Municipal da sua intenção de se concentrarem pacificamente junto à Capela de São João fazendo depois o percurso até ao barracão onde supostamente decorrerá a tortura animal. O protesto é pacífico e contará com a presença de 50 pessoas. Estaremos atentos ao cumprimento da lei”, lê-se no pedido enviado ao município e a que a Lusa teve acesso.
A corrida de touros realiza-se de domingo às 18:00, depois de oito anos de interregno, integrada no programa das festas do concelho que estão a decorrer até dia 15.
O espetáculo tauromáquico vai decorrer numa arena amovível instalada no recinto da Expolima, numa organização da Associação Concelhia das Feiras Novas.
No documento enviado quarta-feira à autarquia, o grupo antitouradas solicita ainda ao presidente da Câmara que “informe as autoridades competentes no sentido de no sentido de assegurada proteção policial durante o exercício de um direito cívico”.
No despacho que emitiu quinta-feira em resposta ao pedido do movimento o autarca Vítor Mendes (CDS) diz que “não se vislumbra nenhum inconveniente” relativamente ao local da concentração dos manifestantes.
Já quanto ao percurso que os manifestantes pretendem efetuar até ao local da tourada Vítor Mendes informou que foi “restringido” até às proximidades da Expolima, onde ocorrerá a tourada, “não sendo permitida a entrada dos manifestantes no recinto”.
O município justificou a restrição com o “afluxo de milhares de pessoas” durante as festas do concelho e com a necessidade de garantir “segurança, serenidade e tranquilidade” à romaria que encerra o ciclo festivo do Alto Minho.
“Permite-se que as autoridades públicas assegurem que a concentração e percurso decorram sem perturbações significativas, o que passa por acautelar devidamente alguns aspetos, designadamente e desde logo a prevenção de contramanifestações”, lê-se no despacho assinado por Vítor Mendes.
Contatada pela Lusa fonte policial explicou que com a extinção dos Governos Civis a competência em matéria de manifestações passou para a alçada das autarquias locais.
*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.
Fonte: Jornal I
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