Fim do uso de marfim e pele animal com finalidade religiosa. Este é o pedido que a Entidade Nacional de Proteção Animal (ENPA), na Itália, enviou ao papa Bento 16 e ao Vaticano. Ao comprar objetos de marfim, eles alimentam a caça e causam a morte de muitos animais, como os elefantes. Milhares deles são mortos justamente devido à presa, comprada pela China e pelas Filipinas para criarem objetos de culto.
Especuladores sem escrúpulos movimentam um mercado ilegal, projetado para enriquecer poucas pessoas. Apesar de tudo, o Vaticano se nega a colocar um fim neste comércio ao não aderir nem menos aos tratados internacionais que freiam a extinção destas espécies.
Por isso a ENPA, graças ao apoio do site organizador de campanhas e petições a nível internacional,avaaz.org, lançou uma petição pedindo a todos os cidadãos, de todas as nacionalidades, que a assinem. Além do marfim, explica a ENPA, tão inútil e prejudicial é o uso de pele animal, sobretudo de arminho, uma espécie de doninha. A pele é conseguida por meio da morte de muitos animais diretamente na natureza ou depois de uma vida inteira passada em cativeiros, em terríveis condições de confinamento.
“Em todo o mundo, muitas pessoas julgam o uso de pele como sendo algo contrário aos próprios ditames éticos, e esse número cresce dia após dia. Todos conhecem a vida destes animais, fechados em gaiolas onde se machucam para depois serem mortos a fim de que suas peles sejam extraídas”, diz a ENPA.
Por este motivo é que o Vaticano precisa renunciar ao marfim e à pele originários de uma verdadeira fábrica de dor e de morte. “Com esta petição pretendemos pedir a Sua Santidade, papa Bento 16 e a todo o Estado do Vaticano que desistam de comprar e utilizar marfim e pele de arminho, pois isso provoca a morte de milhares de animais, inclusive protegidos por legislação”, conclui a ENPA.
No site change.org também está disponível uma petição com o mesmo objetivo. “A cada ano, milhares de elefantes africanos são exterminados para retirada das presas de marfim, que serão vendidas e usadas para confeccionar objetos sacros com a complacência e a cumplicidade das autoridades religiosas católicas e budistas”, explica o criador da petição, Mario Righi.
Em 2011, os caçadores mataram 25 mil elefantes apenas na África subsaariana para um lucro de 5 mil euros a presa. Dali, o marfim é transportado até as Filipinas, onde é transformado em cruzes católicas, estátuas, ou é encaminhado para a Tailândia ou para a China para ser transformado em símbolos budistas ou taoistas.
Cento e setenta e seis países já proibiram o comércio de marfim. Mas não o Vaticano, cujas igrejas e residências expõem artigos feitos deste material. “Dado que algumas populações de elefantes estão em iminente perigo de extinção, o Vaticano poderia fazer um gesto positivo proibindo a presença de marfim nas missas e apoiando a convenção internacional de 1989 sobre o tema. Deus ficará seguramente grato ao ver que Suas criaturas vivem serenas nas savanas em vez de serem reduzidas a pingentes, miniaturas e crucifixos feitos de sangue inocente”, explica a petição.
fonte:www.anda
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