Gatos foram paralisados, tiveram seus crânios abertos e eletrodos colados em seus cérebros, costelas e ao redor de sua espinha, em uma experiência angustiantes feita pelo laboratório de uma universidade.
Os animais estavam sendo usados pelos cientistas para que seja possível entender melhor o funcionamento do corpo humano, mas os procedimentos são tão cruéis que muitos já foram mortos.
O diretor do Animal Aid, Andrew Tyler, criticou os experimentos. "A definição de tortura é extrair informações sobre um assunto por meio da violência e estresse. Para mim, isso é uma tortura”, disse ele. "Essas são experiências repugnantes, abusivas e clinicamente inúteis. Elas já têm sido feitas há décadas, quando já havia uma abundância de métodos alternativos que não envolviam o sofrimento e abuso".
Muita pesquisa feita em gatos tem a ver com o seu olho, por conta da semelhança com o do ser humano. A placa foi aparafusada nos crânios de 10 gatinhos e foram colocados de cabeça para baixo com grampos em suas costas e acima da pélvis. As incisões foram feitas para inserir eletrodos nos nervos ao redor da coluna e da caixa torácica, e parte da medula espinhal foi exposta. Finalmente, parte do crânio foi removido para um eletrodo poder ser inserido e ser possível medir a atividade cerebral.
Wendy Higgins, da Humane Society International UK, disse que os gatos teriam, sem dúvida, sofrido consideravelmente. "As pessoas ficarão chocadas ao saber que os animais estão sendo tratados como ferramentas descartáveis de uma pesquisa, mas que torna isso verdadeiramente imoral é que esses animais estão perdendo suas vidas em experimentos que têm pouca credibilidade científica”, afirma ela. "Inserção de eletrodos em cérebros de gatinhos não representa a ciência avançada do século 21 e já é hora de considerar este tipo de pesquisa cruel e deixa-la para os livros de história”.
Os cientistas insistem que pesquisas feitas a partir de animais que compartilham semelhanças genéticas com seres humanos são vitais para desenvolver tratamentos que salvam vidas. "Você não pode curar uma doença a menos que você entenda como os organismos funcionam. Os gatos estavam sob anestesia, por isso, a partir de sua perspectiva, eles simplesmente foram dormir”, afirma a chefe do estudo, Wendy Jarrett. "Aqueles que possuem gatos de estimação precisam se lembrar que a vacinação deles foram desenvolvidos usando a pesquisa animal".
Um dos maiores escândalos de experimentação animal foi exposto pelo Sunday People, que imprimiu em sua primeira página os "Beagles fumantes" em 1975. A repórter Mary Beith tirou a foto dos cães, que eram forçados a inalar fumaça de até 30 cigarros por dia no laboratório animal em Cheshire, Inglaterra. Desde então, a pressão pública e o desenvolvimento de alternativas tem enfrentando um declínio em testes com animais.
Em 1986, uma lei foi aprovada tornando ilegal o uso de animais se outras alternativas estivessem disponíveis. Os testes de cosméticos em animais têm sido contra a lei desde 1998 no Reino Unido.
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Fonte:jornalciencia
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