terça-feira, 7 de agosto de 2012

Gatos ficarão no anfiteatro até fevereiro


O Governo do Estado e os grupos de proteção aos animais finalmente chegaram a um acordo sobre o futuro dos gatos no Parque do Cocó. Os animais ficarão, temporariamente, no anfiteatro do parque, localizado na área externa da unidade de conservação. Eles devem ficar no local até fevereiro do próximo ano, mês em que será feita uma campanha de adoção dos animais. 

“No primeiro momento, queríamos que os gatos fossem retirados. Mas a gente viu que é um trabalho muito maior e chamamos as entidades (de proteção aos animais) para colaborar”, afirma Goretti Gurgel, coordenadora de Biodiversidade do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam).

O POVO divulgou a medida com exclusividade no fim de junho, quando foi anunciada uma série de medidas para ordenar o acesso ao parque.

As pessoas que cuidam dos animais abandonados no parque terão permissão para continuar alimentando os gatos. Porém, será feito um levantamento de como os grupos de animais se dividem, para criar pontos de alimentação.

O objetivo é que eles fiquem o mais distante possível da entrada do parque. Os gatos que estão no interior da unidade de conservação também serão, paulatinamente, realocados para o anfiteatro.

Um grupo de trabalho foi criado para discutir o tema. “Depois que começaram as reuniões, temos um clima de diálogo e, aos poucos, esperamos encontrar medidas consensuais”, afirma a jornalista e servidora pública Marília Rabelo, 61, uma das integrantes do grupo de “gateiras” do Cocó.

O Conpam anuncia que também vai tentar fechar uma parceria com a Universidade Estadual do Ceará (Uece) para que sejam realizadas a castração e vermifugação dos felinos. Além disso, será solicitado que a Companhia de Policiamento do Meio Ambiente (CPMA) seja mais rigorosa na fiscalização ambiental, impedindo o abandono de novos animais no local.
 
Retirada é necessária

O biólogo e doutorando em zoologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Hugo Fernandes-Ferreira, defende a retirada dos gatos do interior do parque. Ele está iniciando uma pesquisa para mensurar o impacto da presença desses animais na fauna silvestre.

“Eles são o principal problema para a fauna local. Os gatos possuem grande potencial de predação. Matam não só para se alimentar, como também pelo puro instinto da caça. Pequenos mamíferos, répteis e aves são os principais atingidos. E esses são imprescindíveis para o equilíbrio do ecossistema local”, afirma Hugo, ressaltando que “nenhum pesquisador que aponta esses problemas são pessoas de má-fé ou que não gostam de gatos. Nós agimos em defesa do meio ambiente”.

ENTENDA A NOTÍCIA

Os gatos permanecerão na área externa do Parque do Cocó (anfiteatro) até que seja realizada uma campanha de adoção, marcada para fevereiro de 2013.Um grupo de trabalho foi criado para acompanhar a situação dos animais.

Serviço 
Próxima reunião que debate retirada dos gatos: 3/9 (local e horário a serem definidos).
Mais informações com a gerência do Parque do Cocó no telefone (85) 8726 6108.



Fonte: opovo

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