Uma cadela atropelada nesta segunda-feira (6) por volta das 9h na Avenida das Amoreiras, na Vila Rica, em Campinas, ganhou um companheiro por três horas e meia.
Com a pata traseira direita machucada, a cachorra não conseguia se mover e ficou no canteiro entre a pista e o corredor de ônibus, cuidada de perto por um outro cão.
Comovida com a situação, a vizinhança tentou retirá-la de lá e fazer curativos, mas foi impedida pelo “guarda-costas”. Dono de um bar próximo, Sérgio Silva, de 46 anos, só conseguiu deixar duas vasilhas com água para a dupla.
“Quando vi que ela estava machucada liguei na UPA (União Protetora dos Animais), no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), mas ninguém apareceu.
O pessoal do DPJ (Departamento de Parques e Jardins) que está fazendo a limpeza tentou ajudar, mas não conseguiu chegar perto”, disse a dona de casa Vilma Freitas Souza, de 47 anos.
Cansado de esperar, às 12h30, Silva fez uma nova tentativa de retirar os animais do meio do movimento de carros e, desta vez, conseguiu.
Mancando, a cadelinha seguiu Silva até uma área coberta do outro lado da avenida, acompanhada pelo fiel cão de guarda. Ali descansou mais um pouco, mas a dupla voltou a atravessar toda a avenida, quase provocando um novo atropelamento e, do lado oposto, seguiu rumo ignorado.
“O ser humano tem que se basear nisso. Enquanto o ser humano mata o outro, ele (o cão) está ali tomando conta”, disse Vilma. O CCZ informou, pela Secretaria de Saúde, que vai apurar o caso hoje, se houve cadastro das solicitações e os motivos da demora e não comparecimento ao local. Já a UPA foi procurada diversas vezes, mas o telefone de contato deu ocupado ou não foi atendido.
Fonte: RAC
Nenhum comentário:
Postar um comentário
verdade na expressão