domingo, 24 de junho de 2012

Intolerância: Mais um cão é sentenciado à eutanásia por ser mestiço de pit bull

EUA


Tony foi mais uma vítima da intolerância (Foto: Divulgação)
A intolerância contra os pit bulls piora a cada dia ao redor do mundo. Assim como Lennox, o cachorro que foi apreendido por autoridades na Irlanda do Norte, vários cachorros são vítimas desse preconceito.
Infelizmente não foi diferente com o cachorro Tony, em Clifton, Arizona, EUA.
De acordo com informações do Journal of Humanitarian Affairs, com quase oito anos de idade, Tony era um mestiço de pit bull com Sharpei, e durante toda sua vida foi um cão dócil. No entanto, Tony viu-se no meio de uma batalha judicial, após ser acusado de ter atacado e matado uma Chihuahua de 14 anos chamada Peanut. O incidente ocorreu no dia 16 de novembro. No dia seguinte, Tony e os outros dois cachorros cuidados por Michelle Dozier, tutora de Tony, foram apreendidos pelo Greenlee County Animal Control. Os outros dois cachorros foram soltos em março de 2012, porém Tony foi sentenciado à eutanásia, sob a alegação de que era perigoso.
Porém, como em vários outros casos de sentenças questionáveis, a corte não tinha provas suficientes contra Tony. Michelle disse que não houve nenhuma investigação ou boletim policial sobre a morte da Chihuahua. A tutora da cachorra disse ter visto Tony atacá-lo na rua, de longe – o que com certeza coloca em questão a segurança que provia à sua própria cachorra.
“Em seu testemunho, no dia 23 de fevereiro, ela disse não ter visto o começo do ataque e só viu os meus outros dois cães latindo,” disse Michelle.
Essa mudança de testemunho não é o único de motivo de dúvida quanto à sentença de Tony. A Chihuaha supostamente atacada por Tony foi examinada por um veterinário que disse que a pequena cachorra apresentava perfurações profundas causadas por mordidas no abdômen e intestino, e devido a essas fraturas, a cachorra não poderia ser salva. Conforme Michelle, essas fraturas não poderiam ter sido feitas por Tony, pois ele tem dentes quebrados, o que o impediria de fazer as fraturas em questão. Michelle alega também que Tony sempre foi amigável com outros cachorros e seres humanos. Como ele poderia ter matado a Chihuahua a mordidas? O descarte do corpo da cachorra sem uma investigação oficial para confirmar as mordidas e sem outros testes coloca o caso em controvérsia, e levanta uma questão importante: como a justiça pode ser feita sem provas?
Tony sempre foi considerado um cachorro pacífico, com exceção pela tutora da Chihuahua, que o acusou pelo ataque, e pediu a execução. A corte que estava julgando o caso já havia negado um pedido de apelação de Michelle, e determinou a execução de Tony para o dia 18 de junho.
Nas redes sociais a comoção pelo caso foi grande. Tweetaços foram feitos, mais de 30.000 pessoas assinaram a petição pedindo que a sentença fosse revertida, fotos com mensagens para Tony foram postadas, mas nada mudou a ideia da juíza Grace Nabor, que negou um novo pedido de apelação de Michelle, e com muito descaso pela justiça, determinou que Tony deveria ser executado. Michelle pôde dar adeus para seu cachorro, porém o corpo não foi liberado.
Foi uma manhã triste para várias pessoas que acompanharam o caso. Velas foram acendidas e mensagens de condolêscencias continuam a ser enviadas para Michelle.
No grupo criado no Facebook chamado WE LOVE TONY ainda é possível acompanhar o caso, e mandar mensagens de apoio à Michelle e sua família.
fonte;anda

Nenhum comentário:

Postar um comentário

verdade na expressão